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sua carreira
Consultor defende a importância da integridade moral
Também autor de livros de gestão, Stephen Covey vem ao Brasil para participar da ExpoManagement
MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Começa amanhã e vai até
quarta-feira a ExpoManagement 2006, evento voltado a
executivos que traz palestrantes famosos no mundo dos negócios, do internacional Jack
Welch ao brasileiro Luiz Felipe
Scolari (veja quadro ao lado).
Entre os destaques internacionais está Stephen Covey, conhecido pela obra "Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente
Eficazes", lançada há 15 anos.
Agora, Covey vem ao Brasil
também para divulgar seu novo
livro: "O Oitavo Hábito -da
Eficácia à Grandeza" (editora
Campus, 413 págs., R$ 46).
Confira, a seguir, entrevista
exclusiva em que ele adianta
tópicos que abordará no Brasil.
FOLHA - Em seu novo livro, o sr.
aborda a importância do crescimento sustentável. Como alcançá-lo?
STEPHEN COVEY - É preciso ter
confiabilidade, caráter e trazer
resultados. Assim, ao trabalhar
com princípios, ganha-se a confiança das pessoas. Por exemplo, se a empresa preza a colaboração como valor maior, a
competitividade não deve ser
estimulada. Isso é sustentável:
manter as pessoas ligadas ao
seu próprio crescimento e
umas às outras.
FOLHA - Como liderar melhor?
COVEY - Liderança é uma escolha, não uma imposição. Ela lhe
dá influência, que pode ser duradoura se você souber viver
com princípios. Sem inteligência moral, sua liderança pode
ser vazia, apenas "imposta".
FOLHA - E o que o sr. entende por
inteligência moral?
COVEY - É uma característica
que vem de princípios pessoais.
Quem está em um cargo alto,
mas vive de uma maneira que
não é respeitável, perde autoridade moral. Nesse caso, todo o
trabalho é afetado, pois o respeito perante a equipe não se
sustenta por muito tempo.
FOLHA - Como estimular colegas
de trabalho a alcançar um nível bom
de inteligência moral?
COVEY - É importante ser um
exemplo e não um crítico -assim o círculo de influência cresce. Deve-se não só dar "feedback" do comportamento deles
mas também aprofundar os comentários relativos à melhora e
ao potencial de cada um.
FOLHA - Qual a melhor reação a
um "feedback" negativo no trabalho?
COVEY - Escutar bem o que a
pessoa está falando, sem se deixar levar totalmente por isso.
Depois, agradecer à pessoa com
um sorriso. Se o "feedback" for
injusto, é preciso se proteger
para que isso não afete o desempenho. Também vale a pena escutar mais os outros e ser
humilde para ouvir críticas.
FOLHA - Qual a saída para uma
equipe quando não há empatia entre seus membros?
COVEY - Escutar os outros até
que eles se sintam entendidos.
E, depois, dizer: "Você se sente
compreendido por mim?" Se a
resposta for "sim", pergunta-se: "Agora, posso sentir-me
compreendido por você?" É difícil ouvir um "não" dessa forma. Se o outro não se sentir
compreendido, sugiro que a
pessoa o ouça com mais freqüência. Essa compreensão deve ser verdadeira, pois o profissional não é produto do tratamento que lhe dão, mas do que
ele próprio pensa sobre isso.
FOLHA - Como um gestor consegue reter os talentos?
COVEY - A melhor maneira é
incentivá-los e realmente apreciá-los, mantendo uma equipe
coesa e que se respeite. Deve-se
dar "feedbacks" construtivos
quando necessário. Se isso não
ocorrer, a pessoa abandonará o
posto assim que receber uma
proposta de emprego.
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