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opinião
O RH em fusões e aquisições
As organizações devem entender e observar as mudanças que ocorrem na força de trabalho
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VALÉRIA PIMENTEL
ESPECIAL PARA A FOLHA
O sucesso de muitas fusões e
aquisições, de pequeno ou
grande porte, depende tanto do
gerenciamento de pessoas e do
ambiente organizacional como
do gerenciamento do tempo e
dos recursos financeiros.
Negócios fracassam mais por
questões culturais mal resolvidas do que por fundamentos
econômicos da transação.
A verdade é que o desempenho do negócio é amplamente
influenciado pelas pessoas de
uma organização.
Portanto, manter os empregados engajados durante períodos difíceis de transição é crítico e exige da área de recursos
humanos atenção especial.
Quanto mais cedo o RH se
envolver em uma negociação
de fusão ou aquisição, maior será a possibilidade de sucesso na
integração de pessoas e processos na nova organização.
Quando o moral é elevado e
as pessoas estão engajadas nas
atividades certas, os níveis de
desempenho individuais e corporativos quase sempre excedem as expectativas.
Empresas bem preparadas
para o processo de fusão ou
aquisição têm duas vezes mais
chance de oferecer aos acionistas um retorno acima da média.
Para alcançar bons resultados durante uma fusão ou uma
aquisição, as empresas devem
buscar no RH experiência e liderança em gerenciamento de
mudança, integração de culturas, planejamento e execução
de redimensionamento de
equipes com alta sinergia, retenção de talentos-chave, manutenção dos níveis de desempenho e avaliação dos pacotes
de remuneração e benefícios.
Recursos humanos
A eficácia do RH é fator de
sucesso para todo o ciclo de
uma fusão ou aquisição.
A área tem papel essencial,
desde a avaliação de riscos e a
viabilidade do negócio ("due diligence") até o planejamento da
integração e o acompanhamento de resultados.
Os objetivos de uma fusão ou
aquisição são assegurar a sintonia entre as estratégias de negócio e a nova cultura, bem como maximizar o retorno de
longo prazo para os acionistas.
Em vez de só colocar em prática uma série de processos, as
organizações devem observar e
entender as mudanças que
ocorrem na força de trabalho
em fusões e aquisições.
Elas devem identificar e analisar aspectos únicos das equipes de cada empresa -o que as
pessoas fazem, quais são os elementos críticos de sua motivação, como são recompensadas e
como os serviços do RH são fornecidos- para criar uma estratégia de RH capaz de propiciar
suporte mais amplo aos objetivos do negócio.
Os passos para que o RH se
prepare especificamente para
executar seu papel nessas transições incluem:
1. Executar a preparação pré-transação para assegurar que
os recursos necessários estejam disponíveis quando o alvo
da aquisição for apresentado;
2. Identificar a estrutura e o
comprometimento de recursos
da equipe de fusões e aquisições do RH;
3. Detalhar as etapas do processo de fusão ou aquisição,
destacando as áreas mais críticas, bem como a complexidade
e a interdependência de cada linha de trabalho dentro do RH e
entre as demais funções;
4. Treinar a equipe que vai
trabalhar na fusão ou na aquisição, focando o entendimento
do negócio, o aprendizado de
diferentes tipos de transação e
as melhores práticas;
5. Desenvolver um manual
de fusão e aquisição personalizado, documentando claramente pontos de conexão entre
a função de RH e outras áreas
ao longo do processo.
Desafios e oportunidades
Fusões e aquisições apresentam ótimas oportunidades e
desafios para as organizações.
Para o RH, é uma oportunidade para desenvolver a força
de trabalho e outros programas
destinados aos empregados.
Mantendo as pessoas no centro e trabalhando com um plano, o RH pode dar um suporte
eficaz ao negócio e ajudar a alcançar resultados sólidos.
VALÉRIA PIMENTEL é consultora sênior
da Towers Perrin
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