São Paulo, domingo, 06 de dezembro de 2009

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PLANO B


Segunda opção de carreira demanda avaliação prévia

Nova ocupação pode ser desenvolvida paralelamente à atividade atual

Marcelo Justo/Folha Imagem
A advogada Andréia Cabrelon, que, depois de dez anos na área, largou o direito para fazer cursos e trabalhar com gastronomia

SÍLVIA HAIDAR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

É cada vez mais raro encontrar quem esteja seguro sobre seu futuro profissional. Turbulências na economia e constantes mudanças nas empresas exigem que as pessoas estejam preparadas para um "plano B".
Ter uma segunda opção de carreira e uma reserva financeira é fundamental para todos, afirma Irene Ferreira Azevedo, consultora da DBM.
"Não apenas quando há demissão, mas, se o trabalhador não está mais satisfeito com o que faz, é importante que ele possa dizer "não'", acrescenta.
Andréia Cabrelon, 35, atuou como advogada por mais de dez anos até que, em setembro de 2008, deixou o escritório.
Sem emprego e desiludida, Cabrelon decidiu apostar em um velho hobby: a gastronomia. "Entrei no curso de extensão universitária no início deste ano, já fiz estágio e estou distribuindo currículos. Por enquanto, não pretendo voltar para o direito", conta.
Mas partir para um "plano B" e mudar de carreira requer cautela e planejamento. Para Fernando Dias, diretor de projetos da Career Center, além da reserva financeira, deve haver uma preparação psicológica.
"Hoje em dia, ser demitido é uma possibilidade para todo mundo. [O profissional] não pode deixar isso abalar muito a autoestima", alerta.
Dias esclarece que o "plano B" deve ser desenvolvido de acordo com as habilidades do trabalhador. "É interessante focar seus talentos e atividades que deem prazer."
Para quem pensa em uma alternativa porque não está feliz com a ocupação, o primeiro passo é avaliar se o descontentamento é com a atividade ou se é provocado por um ambiente de trabalho ruim ou por problemas pessoais, pondera Dias.
Joel Souza Dutra, consultor e professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), diz que uma opção para quem quer mudar de carreira é desenvolver a nova paralelamente à atual ou mudar de área dentro da mesma empresa.

Hora certa
Segundo César Souza, presidente da consultoria Empreenda, a ocasião adequada para mudar é quando a carreira está estabilizada e não há mais desafios na profissão.
"O melhor momento para mudar é no sucesso. É poder dizer: "Sou bom nisso, já provei, agora posso me dar ao luxo de fazer o que realmente gosto"."


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