São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

PÁGINA VIRADA

Plano de pós-carreira inclui reflexão e amadurecimento


Trabalho pode estar em empresas menores ou em outra profissão

Rafael Hupsel/Folha Imagem
Após 38 anos como juíza, a desembargadora Maria Aparecida Pellegrina, 70, aposentou-se. Como sabia que não conseguiria parar de trabalhar, tornou-se consultora jurídica de empresas, escreve pareceres e faz pesquisas


DA REPORTAGEM LOCAL

Além de manter o padrão de vida, sentir-se produtivo é o grande desafio do aposentado. Por isso grande parte deles quer continuar a trabalhar.
A secretária Wanda Almeida, 54, por exemplo, aposentou-se em 2005, mas, depois de conversar com o departamento de recursos humanos da Unimed VTRP, sua empregadora, percebeu que ainda tinha condições de contribuir com a firma. "Eu tenho muita energia", diz.
Luis Carlos Estanqueiro Giraldes, 59, que era gerente da AstraZeneca, conta que se aposentou para cuidar da mulher, que estava doente.
"A empresa deu todo o apoio, mas, depois que ela morreu, eu vi que deveria voltar para o mercado de trabalho. Hoje, sou consultor", conta.
Para os ex-funcionários que não têm atendimento de psicólogos da firma, a solução é encontrar sozinhos as respostas para a nova fase da vida.
Para Saulo Lerner, diretor de executivos-chave da Right Management, o planejamento do pós-carreira é fundamental.
"É comum ver executivos acima de 50 anos querendo continuar no mesmo cargo, mas não são mais competitivos. Deveriam reinventar-se", diz.

Ponto de partida
Uma solução apontada por Lerner é que, antes dos 35 anos de idade, o profissional comece a pensar no futuro. "Deve-se saber que a sua identidade não é unicamente a de executivo."
Maria Lúcia Pettinelli, diretora da Choice Consulting, diz que é necessário fazer uma reflexão sobre as atividades que podem dar prazer, seja tornar-se um especialista, seja enveredar por uma segunda carreira.
Foi a opção do advogado Reinaldo Lino, 58. Enquanto ainda trabalhava como fiscal de renda, ele cursou a faculdade de direito, já com planos de atuar na área depois que se aposentasse.
Hoje, é sócio de um escritório e lida com questões tributárias e empresariais.
Segundo Adriana Fellipelli, sócia-diretora da consultoria Fellipelli, dependendo do nível hierárquico em que o funcionário se aposenta, ele continua como conselheiro, porque é uma referência.
"Mas, se ele não atingiu níveis muito altos, uma solução é buscar uma vaga em empresas menores, porque a experiência acumulada é válida." (MCN)


Texto Anterior: "Minha luta é contra a corrupção"
Próximo Texto: Legislação
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.