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RECURSOS HUMANOS
Psicopedagogo mira empresas
Profissional identifica problemas de aprendizagem e auxilia em programas de inserção
JULIANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A principal área de atuação de psicopedagogos ainda são escolas, mas empresas começam a ver o potencial desses profissionais.
Se, na educação, eles procuram identificar transtornos que impedem o estudante de assimilar conteúdos,
nas companhias atuam com
treinamento, motivação e
avaliação de aprendizagem.
Segundo Quézia Bombonatto, presidente da ABP (Associação Brasileira de Psicopedagogia), a função do psicopedagogo é traçar um
diagnóstico da inteligência
da empresa, saber "se ela está focada apenas em alguns
funcionários ou em setores".
Cabe a ele também desfazer alguns equívocos comuns, como classificar problemas de competição, desatenção ou desinteresse como
sendo localizados e substituir funcionários. "Muitas vezes, eles são reflexos de questões mais gerais, que precisam ser trabalhadas em conjunto", orienta ela.
Para Maria Cristina Natel,
vice-presidente da seção
paulista da ABP, e Nadia
Aparecida Bossa, do Centro
de Estudos e Atendimento
Psicoterápico e Psicopedagógico, a função do profissional
é a de ensinar a aprender.
Bossa exemplifica a diferença entre o treinamento
tecnicista e o psicopedagógico com o caso de um de seus
clientes, varejista de eletrônicos. Uma mudança de perfil
do consumidor fez com que
os vendedores precisassem
explicar mais detalhadamente produtos e modelos.
NOVO OLHAR
De acordo com ela, o primeiro procurou dar informações sobre os produtos.
O segundo mostrou como
a tecnologia está inserida na
vida daqueles trabalhadores,
para que se tornem mais aptos a comercializá-la.
O varejista contratou um
psicopedagogo, que fez um
diagnóstico da situação e iniciou um plano de intervenção baseado na análise das
principais aprendizagens requeridas para o momento.
Treinamentos personalizados também são o recurso
de empresas que contratam
pessoas com deficiência.
"[Minha missão é] capacitar pessoas com deficiência
intelectual leve ou moderada, o que causa uma melhoria progressiva de sua capacidade de trabalho e de sua interação familiar e social",
explica a psicopedagoga
Sandra Santilli, da OAT (Oficina Abrigada de Trabalho).
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