S?o Paulo, domingo, 07 de novembro de 2010

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RECURSOS HUMANOS

Psicopedagogo mira empresas

Profissional identifica problemas de aprendizagem e auxilia em programas de inserção

JULIANA CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A principal área de atuação de psicopedagogos ainda são escolas, mas empresas começam a ver o potencial desses profissionais.
Se, na educação, eles procuram identificar transtornos que impedem o estudante de assimilar conteúdos, nas companhias atuam com treinamento, motivação e avaliação de aprendizagem.
Segundo Quézia Bombonatto, presidente da ABP (Associação Brasileira de Psicopedagogia), a função do psicopedagogo é traçar um diagnóstico da inteligência da empresa, saber "se ela está focada apenas em alguns funcionários ou em setores".
Cabe a ele também desfazer alguns equívocos comuns, como classificar problemas de competição, desatenção ou desinteresse como sendo localizados e substituir funcionários. "Muitas vezes, eles são reflexos de questões mais gerais, que precisam ser trabalhadas em conjunto", orienta ela.
Para Maria Cristina Natel, vice-presidente da seção paulista da ABP, e Nadia Aparecida Bossa, do Centro de Estudos e Atendimento Psicoterápico e Psicopedagógico, a função do profissional é a de ensinar a aprender.
Bossa exemplifica a diferença entre o treinamento tecnicista e o psicopedagógico com o caso de um de seus clientes, varejista de eletrônicos. Uma mudança de perfil do consumidor fez com que os vendedores precisassem explicar mais detalhadamente produtos e modelos.

NOVO OLHAR
De acordo com ela, o primeiro procurou dar informações sobre os produtos. O segundo mostrou como a tecnologia está inserida na vida daqueles trabalhadores, para que se tornem mais aptos a comercializá-la.
O varejista contratou um psicopedagogo, que fez um diagnóstico da situação e iniciou um plano de intervenção baseado na análise das principais aprendizagens requeridas para o momento.
Treinamentos personalizados também são o recurso de empresas que contratam pessoas com deficiência.
"[Minha missão é] capacitar pessoas com deficiência intelectual leve ou moderada, o que causa uma melhoria progressiva de sua capacidade de trabalho e de sua interação familiar e social", explica a psicopedagoga Sandra Santilli, da OAT (Oficina Abrigada de Trabalho).


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