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concursos
Candidatos podem usar regras pré e pós-reforma
RAQUEL BOCATO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Idéia, freqüente e auto-sustentável ou ideia, frequente e
autossustentável? Em boa parte das provas de concursos, as
perguntas e os textos de referência trarão as palavras do segundo bloco, que obedece às regras do novo acordo ortográfico. No entanto, nas respostas,
os candidatos podem escolher
por qual das duas grafias optar.
Quatro das maiores organizadoras do país -Esaf (Escola
de Administração Fazendária),
Cespe/UnB (Centro de Seleção
e Promoção de Eventos, da
Universidade de Brasília), Vunesp e NCE/UFRJ (Núcleo de
Computação Eletrônica, da
Universidade Federal do Rio de
Janeiro)-, por exemplo, aceitam que os concursandos escolham entre a grafia pré e pós-reforma nas respostas.
Na Esaf, por exemplo, será
permitido mesclar os dois modelos, sem prejuízo à avaliação
do candidato.
O Cespe/UnB é outra instituição que aceita as duas formas -também sem problemas
para o concursando na nota.
A organizadora, porém, informa aos candidatos que os conhecimentos a respeito da nova
reforma ortográfica podem ser
exigidos em suas seleções.
"[Eles] devem estar preparados para responder a questões
objetivas acerca da nova ortografia, principalmente os que
participarem de seleções para
revisores e professores de língua portuguesa. Isso não significa que os de outras áreas não
devam conhecer e estudar as
mudanças ortográficas", orienta o Cespe/ UnB.
O NCE/UFRJ, contudo, esclarece que é preciso analisar o
edital para se preparar.
Até agora, não foram pedidos
conhecimentos específicos sobre as novas normas nas provas
deste ano. No entanto, o acordo
ortográfico pode ser contemplado, "especialmente em concursos para áreas específicas,
como o magistério".
Nos livros
"É bom conhecer [o novo
acordo], mas não vou estudar",
diz a advogada Cleide Maria
Fontes, 35, que pretende disputar neste ano uma vaga de auditora fiscal do trabalho.
A orientação que recebeu de
professores foi a de dedicar seu
tempo a outras matérias, pois,
argumenta, a possibilidade de
ter de responder questões sobre as novas regras é remota.
"Mas eu li sobre as mudanças. Se errar uma questão, posso cair até cem posições."
A professora de português da
Central de Concursos Cláudia
Beltrão indica investir algum
tempo para se informar sobre
as mudanças. "É preciso ter noção do porquê das alterações,
pois isso pode ser pedido na
prova de atualidades", frisa.
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