São Paulo, domingo, 08 de março de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

concursos

Candidatos podem usar regras pré e pós-reforma

RAQUEL BOCATO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Idéia, freqüente e auto-sustentável ou ideia, frequente e autossustentável? Em boa parte das provas de concursos, as perguntas e os textos de referência trarão as palavras do segundo bloco, que obedece às regras do novo acordo ortográfico. No entanto, nas respostas, os candidatos podem escolher por qual das duas grafias optar.
Quatro das maiores organizadoras do país -Esaf (Escola de Administração Fazendária), Cespe/UnB (Centro de Seleção e Promoção de Eventos, da Universidade de Brasília), Vunesp e NCE/UFRJ (Núcleo de Computação Eletrônica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro)-, por exemplo, aceitam que os concursandos escolham entre a grafia pré e pós-reforma nas respostas.
Na Esaf, por exemplo, será permitido mesclar os dois modelos, sem prejuízo à avaliação do candidato.
O Cespe/UnB é outra instituição que aceita as duas formas -também sem problemas para o concursando na nota. A organizadora, porém, informa aos candidatos que os conhecimentos a respeito da nova reforma ortográfica podem ser exigidos em suas seleções.
"[Eles] devem estar preparados para responder a questões objetivas acerca da nova ortografia, principalmente os que participarem de seleções para revisores e professores de língua portuguesa. Isso não significa que os de outras áreas não devam conhecer e estudar as mudanças ortográficas", orienta o Cespe/ UnB.
O NCE/UFRJ, contudo, esclarece que é preciso analisar o edital para se preparar.
Até agora, não foram pedidos conhecimentos específicos sobre as novas normas nas provas deste ano. No entanto, o acordo ortográfico pode ser contemplado, "especialmente em concursos para áreas específicas, como o magistério".

Nos livros
"É bom conhecer [o novo acordo], mas não vou estudar", diz a advogada Cleide Maria Fontes, 35, que pretende disputar neste ano uma vaga de auditora fiscal do trabalho.
A orientação que recebeu de professores foi a de dedicar seu tempo a outras matérias, pois, argumenta, a possibilidade de ter de responder questões sobre as novas regras é remota.
"Mas eu li sobre as mudanças. Se errar uma questão, posso cair até cem posições."
A professora de português da Central de Concursos Cláudia Beltrão indica investir algum tempo para se informar sobre as mudanças. "É preciso ter noção do porquê das alterações, pois isso pode ser pedido na prova de atualidades", frisa.


Texto Anterior: Migrar para setores menos afetados pela crise é opção para profissionais
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.