São Paulo, domingo, 08 de abril de 2007

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recursos humanos

Tecnologia domina aula a distância

Evasão, que chega a 30%, é maior problema de empresas que ofertam cursos a empregados

ANDRESSA ROVANI
DA REPORTAGEM LOCAL

A necessidade de constante atualização devido às mudanças tecnológicas está levando as grandes companhias a aumentar a oferta de cursos de informática a seus funcionários.
A diferença é que, se até o ano passado essas aulas eram presenciais, agora, são a distância.
É o que aponta a terceira edição do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância, publicação do Instituto Monitor em parceria com a Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância).
"O Brasil está cada vez mais conectado. Além disso, empresas que adotaram o software livre tiveram de ofertar cursos para que os empregados aprendessem a lidar com as novas ferramentas", diz Fábio Sanches, coordenador do estudo.
Se, em 2005, cursos de tecnologia e informática somavam 10,8% do total de ofertas, no ano seguinte, tornaram-se o foco da maior parte dos cursos corporativos ofertados no país, com 19,7%, indica o relatório.
"O próprio acesso à tecnologia tem aumentado. É entrópico. Está cada vez mais presente na rotina das empresas -e elas estão empenhadas em formar seus funcionários para isso", opina o coordenador.

Treinamento
Logo após tecnologia, os destaques foram os cursos de vendas (9,5%) e de gestão (6,8%). Cursos nas áreas de educação e cidadania também surpreenderam: pularam de 1,8% em 2005 para 12,1% em 2006.
A maior parte dos cursos é pensada pelas firmas para seus funcionários diretos -só um terço delas aplica o formato para prestadores de serviço.
E treiná-los é o principal motivador para ofertar cursos dentro dos muros da companhia: em 2006, 89% das que adotam o sistema lançaram mão dos cursos com esse fim.
Em segundo lugar, o foco era reciclar o conhecimento dos profissionais (52%) e, em terceiro, aperfeiçoá-los (37%).
"Há muitas empresas formatando grandes projetos. Um exemplo é o Pão de Açúcar, que deve instalar pólos educacionais em todos os seus supermercados. Eles estão investindo em formação", diz Sanches.
A pedra no sapato do ensino corporativo a distância, porém, é o alto índice de evasão que as aulas ofertadas sofrem: 30% dos alunos desistem do curso antes do fim em 22% das instituições, ainda que 29,6% das ofertas sejam compulsórias.


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