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recursos humanos
Tecnologia domina aula a distância
Evasão, que chega a 30%, é maior problema de empresas que ofertam cursos a empregados
ANDRESSA ROVANI
DA REPORTAGEM LOCAL
A necessidade de constante
atualização devido às mudanças tecnológicas está levando as
grandes companhias a aumentar a oferta de cursos de informática a seus funcionários.
A diferença é que, se até o ano
passado essas aulas eram presenciais, agora, são a distância.
É o que aponta a terceira edição do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a
Distância, publicação do Instituto Monitor em parceria com
a Abed (Associação Brasileira
de Educação a Distância).
"O Brasil está cada vez mais
conectado. Além disso, empresas que adotaram o software livre tiveram de ofertar cursos
para que os empregados aprendessem a lidar com as novas
ferramentas", diz Fábio Sanches, coordenador do estudo.
Se, em 2005, cursos de tecnologia e informática somavam
10,8% do total de ofertas, no
ano seguinte, tornaram-se o foco da maior parte dos cursos
corporativos ofertados no país,
com 19,7%, indica o relatório.
"O próprio acesso à tecnologia tem aumentado. É entrópico. Está cada vez mais presente
na rotina das empresas -e elas
estão empenhadas em formar
seus funcionários para isso",
opina o coordenador.
Treinamento
Logo após tecnologia, os destaques foram os cursos de vendas (9,5%) e de gestão (6,8%).
Cursos nas áreas de educação e
cidadania também surpreenderam: pularam de 1,8% em
2005 para 12,1% em 2006.
A maior parte dos cursos é
pensada pelas firmas para seus
funcionários diretos -só um
terço delas aplica o formato para prestadores de serviço.
E treiná-los é o principal motivador para ofertar cursos
dentro dos muros da companhia: em 2006, 89% das que
adotam o sistema lançaram
mão dos cursos com esse fim.
Em segundo lugar, o foco era
reciclar o conhecimento dos
profissionais (52%) e, em terceiro, aperfeiçoá-los (37%).
"Há muitas empresas formatando grandes projetos. Um
exemplo é o Pão de Açúcar, que
deve instalar pólos educacionais em todos os seus supermercados. Eles estão investindo em formação", diz Sanches.
A pedra no sapato do ensino
corporativo a distância, porém,
é o alto índice de evasão que as
aulas ofertadas sofrem: 30%
dos alunos desistem do curso
antes do fim em 22% das instituições, ainda que 29,6% das
ofertas sejam compulsórias.
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