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concursos
Estudo regular e contínuo é a base para aprender só
DENISE BRITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A obediência a regras auto-impostas é citada por professores e alunos com experiência
em concursos públicos como o
principal requisito para quem
decide estudar sozinho na preparação para os exames.
Outras dicas importantes estão ligadas a atualização do material didático, a escolha e preparação do ambiente de estudo
e, sobretudo, a persistência.
"O mais importante é a disciplina para o esforço contínuo e
regular. Não adianta acordar
cedo um dia e estudar muito,
depois sair à noite e não estudar nada no dia seguinte",
exemplifica Marco Miguel,
professor de cursinho preparatório há 20 anos.
Para Vivaldo Pereira de Jesus, também instrutor experiente de cursinho, é preciso ter
regras e esquecer o improviso.
"O conteúdo programático deve estar focado no concurso
que se vai fazer", aconselha.
"Não funciona, por exemplo,
adaptar material de faculdade."
Tarefa complicada
Em 2006, a estudante Josieli
de Lima Oliveira se dispôs a se
preparar para concurso estudando em casa com uma amiga.
Do início da tarde até meia-noite, as duas liam e faziam
exercícios das diversas apostilas que haviam comprado. A tarefa era especialmente árdua,
conta, pelo fato de não ter com
quem tirar dúvidas ou checar a
correção de exercícios: as apostilas continham erros que eram
sempre motivo de confusão.
"Estudar sozinho é lutar sozinho numa guerra", compara
Oliveira. "Ficam muitas dúvidas, não tem ninguém para dar
dicas ou macetes. Agora considero que pode dar certo só para
provas menos concorridas."
Com a base adquirida daquela fase, Oliveira conseguiu ser
aprovada em um concurso da
Prefeitura de São Paulo, mas
ainda aguarda a convocação.
Enquanto isso, continua estudando, só que agora freqüenta
um cursinho. "Quero prestar a
prova do TRT [Tribunal Regional do Trabalho], que é bem
mais concorrida", planeja.
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