São Paulo, domingo, 08 de outubro de 2006

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Outro lado

Diretor do INSS reconhece falhas na reabilitação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Previdência Social admite que há falhas no Reabilita -quer na relação entre procura e capacidade de atendimento, quer na falta de equipes multiprofissionais.
"Efetivamente, [o programa] está defasado, não tem condições de atender plenamente à demanda", diz o diretor de benefícios do INSS, Benedito Adalberto Brunca.
Brunca aponta como motivo para essa situação o número insuficiente de funcionários que trabalham com reabilitação. E reconhece: "Não tem sido possível a recuperação [por meio] de equipes multiprofissionais". Em julho de 2006, o serviço tinha 1.320 profissionais.
De acordo com ele, no entanto, a transformação do modelo dos Centros de Reabilitação para o Reabilita não prejudicou o serviço. "Quem teve a possibilidade de ser orientado minimamente na sua região passou a ter pelo menos uma perspectiva de realização de reabilitação. Isso, às vezes, dependia de estar nos poucos locais existentes no país onde existia os tais centros de reabilitação."
Sobre a readaptação na empresa, Brunca diz que é necessário integrar a atuação da Previdência à do Ministério do Trabalho, que tem poder para fiscalizar as firmas.
"A falta de articulação de todos os órgãos fragiliza o processo da prevenção e dos trabalhos", diz Brunca, que enfatiza que o acompanhamento dos reabilitados no retorno ao trabalho "acontece", mas "dentro das limitações de pessoal". "Se eu falasse que estamos acompanhando adequadamente, nós não estamos", admite.

Privatização
Quanto à idéia de privatização da Previdência, Brunca diz não haver esse objetivo no atual governo e usa como exemplo a contratação de 6.000 funcionários e de 2.750 médicos desde 2003 para substituir terceirizados.
A idéia é "ampliar os serviços do Reabilita com a volta das equipes multiprofissionais para fazer a reabilitação conforme o que os segurados e sindicalistas reivindicam".


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