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sua carreira
Mercado se abre a novos campos
Agricultura e moda são alguns dos setores que têm oferecido oportunidades a profissionais
TOMÁS CHIAVERINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Capaz de influenciar tanto a
distribuição de sorvetes quanto
os estudos sobre o aquecimento global, a meteorologia tem
sido cada vez mais valorizada.
E não somente pela tradicional
área de previsão do tempo em
TVs mas também por setores
como o de energia elétrica.
Parte da explicação para esse
aumento do mercado é creditada aos avanços tecnológicos.
Há dez anos, as previsões de
chuva eram feitas dentro de
uma escala de 200 km. Hoje há
programas que operam com
2 km de margem de erro.
Segundo o vice-presidente da
Sociedade Brasileira de Meteorologia, Augusto José Pereira
Filho, 46, a ciência é cada vez
mais utilizada em setores que
vão de moda a agronegócio.
"A meteorologia se expande
na medida em que o setor produtivo percebe o quanto pode
lucrar com ela", assinala Pereira Filho, que também é professor do departamento de ciências atmosféricas da USP.
Esse aumento na procura por
serviços meteorológicos já é
sentido pelas firmas do setor,
como a Somar Meteorologia.
De acordo com o meteorologista e sócio-diretor Paulo Etchichury, 46, a empresa tinha
dez clientes em 1995. Hoje
tem aproximadamente mil
cadastros -o que promoveu
não apenas o crescimento
no faturamento como no
número de colaboradores, que
passaram de 2 para 45.
O profissional, contudo, não
se limita a atuar apenas com foco em vendas ou produção. É o
caso da coordenadora de meteorologia da gerência de navegação aérea da Infraero regional Sudeste Cristina Carrera
Fogaccia, 37, que lidera uma
equipe de 14 meteorologistas.
Sua missão é manter informados os pilotos que sobrevoam a parte mais movimentada do Estado de São Paulo
-que compreende a área onde
estão os aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Viracopos.
Formada em meteorologia
pela USP, Fogaccia diz que sua
principal preocupação é passar
dados precisos. "Uma informação pode mudar completamente o destino de um vôo", explica
ela, para quem as altas demandas são compensadas pela boa
infra-estrutura e por uma equipe bem treinada.
Outros campos
No Brasil, há algum espaço
na área de pesquisa. A principal
alternativa é o Inpe (Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais), que elabora diversos estudos, muitos deles na região
amazônica. As vagas, contudo,
são poucas e, normalmente, dependem de concurso público.
Outra opção para o profissional são as universidades que
oferecem graduação na área.
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