São Paulo, domingo, 08 de outubro de 2006

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sua carreira

Mercado se abre a novos campos

Agricultura e moda são alguns dos setores que têm oferecido oportunidades a profissionais

TOMÁS CHIAVERINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Capaz de influenciar tanto a distribuição de sorvetes quanto os estudos sobre o aquecimento global, a meteorologia tem sido cada vez mais valorizada. E não somente pela tradicional área de previsão do tempo em TVs mas também por setores como o de energia elétrica.
Parte da explicação para esse aumento do mercado é creditada aos avanços tecnológicos. Há dez anos, as previsões de chuva eram feitas dentro de uma escala de 200 km. Hoje há programas que operam com 2 km de margem de erro.
Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Meteorologia, Augusto José Pereira Filho, 46, a ciência é cada vez mais utilizada em setores que vão de moda a agronegócio.
"A meteorologia se expande na medida em que o setor produtivo percebe o quanto pode lucrar com ela", assinala Pereira Filho, que também é professor do departamento de ciências atmosféricas da USP.
Esse aumento na procura por serviços meteorológicos já é sentido pelas firmas do setor, como a Somar Meteorologia. De acordo com o meteorologista e sócio-diretor Paulo Etchichury, 46, a empresa tinha dez clientes em 1995. Hoje tem aproximadamente mil cadastros -o que promoveu não apenas o crescimento no faturamento como no número de colaboradores, que passaram de 2 para 45.
O profissional, contudo, não se limita a atuar apenas com foco em vendas ou produção. É o caso da coordenadora de meteorologia da gerência de navegação aérea da Infraero regional Sudeste Cristina Carrera Fogaccia, 37, que lidera uma equipe de 14 meteorologistas.
Sua missão é manter informados os pilotos que sobrevoam a parte mais movimentada do Estado de São Paulo -que compreende a área onde estão os aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Viracopos.
Formada em meteorologia pela USP, Fogaccia diz que sua principal preocupação é passar dados precisos. "Uma informação pode mudar completamente o destino de um vôo", explica ela, para quem as altas demandas são compensadas pela boa infra-estrutura e por uma equipe bem treinada.

Outros campos
No Brasil, há algum espaço na área de pesquisa. A principal alternativa é o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que elabora diversos estudos, muitos deles na região amazônica. As vagas, contudo, são poucas e, normalmente, dependem de concurso público.
Outra opção para o profissional são as universidades que oferecem graduação na área.


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