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São Paulo, domingo, 09 de março de 2003

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Demitidos tornam-se empregadores

FREE-LANCE PARA A FOLHA

No último ano, Claudemar Rodrigues, 38, passou de desempregado a empregador. Ele trabalhou durante 17 anos na Volkswagen, até ser demitido em fevereiro do ano passado, em um corte no qual a empresa dispensou cerca de 3.000 funcionários. No mesmo dia, ele soube que seria pai pela primeira vez. "Foi um momento bastante complicado, sofri de muita angústia", relembra.
Na época, ele só sabia uma coisa: não queria passar por aquele tipo de situação novamente. Decidiu, então, unir o útil ao agradável: a paixão por animais à abertura de uma "pet shop", na qual trabalham seis funcionários. "Eu estava deprimido. Hoje em dia não me vejo fazendo outra coisa. Em termos de satisfação profissional, estou bem melhor", diz.
A administradora Mônica Rodriguez, 37, também trabalhava na Volkswagen e perdeu o emprego na mesma ocasião. Hoje, ela tem uma empresa de cartões personalizados. "Não vou dizer que foi um mar de rosas, porque não foi. Ser demitido é muito ruim, mas eu não cheguei a me sentir sem identidade, porque já tinha um projeto em mente", diz.
Segundo um levantamento realizado pela BPI Brasil, 25% dos profissionais demitidos que participam dos projetos de recolocação profissional da empresa utilizam a experiência acumulada para se tornarem empreendedores. Cada novo negócio gera, em média, cinco vagas de emprego.



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