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ALTA DEFINIÇÃO
TI é o campo mais afetado com o novo tipo de transmissão
Integração de tecnologia com produção de conteúdos
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As teclas do controle remoto
trarão novas possibilidades:
desde mais informações sobre
o programa exibido e visão da
cena por outro ângulo até a
compra de um produto usado
por um personagem de novela.
O quadro parece futurista,
mas é isso o que tende a acontecer com a TV digital nos próximos anos. Maior integração do
telespectador e um leque mais
amplo de serviços oferecidos.
É nesse contexto que o departamento de tecnologia de
emissoras e produtoras de televisão ganha mais força. É ele o
responsável por boa parte dessa interatividade, já que essas
funções dependem de softwares para serem produzidas.
"Até agora, muito do trabalho da equipe tem sido voltado
para a área administrativa.
Com a digitalização, passaremos a ter um papel bastante
ativo no processo de elaboração de conteúdo", assinala o diretor de tecnologia da Rede Record, José Marcelo Amaral.
O coordenador dos cursos de
tecnologia da FIAP (Faculdade
de Informática e Administração Paulista), Celso Poderoso,
concorda. "Com o formato digital, o conteúdo [dos programas]
será mais rico. Principalmente
no que diz respeito ao som, que
até agora é estéreo e passará a
ter qualidade melhor com a
transição do sistema."
Amaral, da Rede Record,
completa: "O valor do profissional de tecnologia e a responsabilidade que passa a ter aumentam nesse novo quadro".
Panorama bastante diferente
do encontrado nos últimos 15
anos, segundo Gunnar Bedicks,
pesquisador-chefe do Laboratório de Rádio e TV Digital do
Mackenzie. Ao longo desse período, destaca ele, muitos cursos ligados à engenharia de televisão foram desativados.
"Não havia inovação nessas
áreas", acrescenta.
Mudanças à vista
Mas a valorização dos profissionais- principalmente engenheiros e especialistas em computação- terá um preço: manter-se atualizado. "Eles têm
condição de desempenhar as
funções exigidas no novo formato. Mas devem aprender as
novas linguagens", avalia Alexandre Silva, coordenador do
MBA em TI da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica).
Resta a eles buscar informações nos bancos escolares, em
curso de graduação ou de pós.
Precisando de profissionais
capacitados e com visão comercial aguçada, o Ceitec, fabricante de microchips, resolveu repatriar brasileiros.
Entre os 25 profissionais
contratados há três brasileiros
que voltaram do exterior para
atuar em nível gerencial.
"Precisamos capacitar doutores, que têm conhecimentos
acadêmico e teórico de desenvolvimento de produtos, mas
não comerciais", assinala o diretor-presidente da companhia, Sérgio Dias.
Segundo ele, a mudança para
o sistema digital beneficiará
engenheiros eletrônicos e químicos, além de físicos e químicos. "Para cada etapa necessitamos de uma especialidade."
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