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Pesquisa e desenvolvimento
Matrículas crescem 30% em 2005
Número de instituições de nível técnico aumenta 18% no mesmo período, segundo o Inep
Anna Carolina Negri/Folha Imagem
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Rodrigo Müller (à dir.) com a equipe premiada ao criar um jogo |
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO
A efervescência na introdução da pesquisa no ensino técnico é só um dos sinais de que
os cursos profissionalizantes
de nível médio estão em plena
fase de expansão -tanto em relação à oferta como à procura.
Segundo o último Censo Escolar do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira),
o número de matrículas nesses
cursos saltou de 589.383, em
2003, para 747.892, em 2005.
Isso representa um aumento
de 29,6% de alunos ingressantes no período. A quantidade de
instituições que oferecem cursos técnicos aumentou 18,1%.
Para Almério Melquíades de
Araújo, coordenador do ensino
técnico do Centro Paula Souza,
esse crescimento é contínuo.
"Estamos caminhando para a
plenitude em termos de matrículas", diz Araújo. Em quatro
anos, a rede Paula Souza abriu
28 escolas técnicas, atingindo o
total atual de 126 unidades.
O aquecimento também é
verificado na esfera federal:
até o início do próximo ano, 74
mil vagas deverão ser abertas.
"Procuramos ampliar a oferta
nos Estados sem escola técnica
federal, como Acre, Amapá e
Mato Grosso do Sul, além das
regiões interioranas e da periferia dos grandes centros urbanos", afirma o secretário de
Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco.
Mercado de trabalho
Por oferecer conhecimento
específico, o ensino técnico aumenta as oportunidades de
conquistar um emprego de
qualidade, na avaliação de Garabed Kenchian, do Cefet-SP
(Centro Federal de Educação
Tecnológica de São Paulo).
"Quem termina o ensino médio vai trabalhar no comércio
como vendedor, com um salário entre R$ 300 e R$ 600.
Já quem faz o ensino profissionalizante, em geral, recebe esse
montante em estágios durante
o curso e, após concluir os estudos, disputa salários de R$ 800
para cima", compara Kenchian.
Na rede Paula Souza, por
exemplo, a empregabilidade de
ex-alunos passa de 80%. Vale
ressaltar, porém, que nem todos os concluintes trabalham
em sua área de formação.
As perspectivas de dar início
a uma carreira ascendente alimentam o sonho de Lucas Freires da Silva, 17. Pouco antes de
concluir o ensino técnico de informática, no semestre passado, o então estudante procurou
turbinar o currículo e desenvolveu, em parceria com dois
colegas, um projeto de aplicação que serve como entretenimento e informação.
"Ganhamos até um prêmio, o
que deve facilitar meu ingresso
no mercado de trabalho", diz.
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