São Paulo, domingo, 10 de setembro de 2006

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Pesquisa e desenvolvimento

Matrículas crescem 30% em 2005

Número de instituições de nível técnico aumenta 18% no mesmo período, segundo o Inep

Anna Carolina Negri/Folha Imagem
Rodrigo Müller (à dir.) com a equipe premiada ao criar um jogo


DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO

A efervescência na introdução da pesquisa no ensino técnico é só um dos sinais de que os cursos profissionalizantes de nível médio estão em plena fase de expansão -tanto em relação à oferta como à procura.
Segundo o último Censo Escolar do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o número de matrículas nesses cursos saltou de 589.383, em 2003, para 747.892, em 2005. Isso representa um aumento de 29,6% de alunos ingressantes no período. A quantidade de instituições que oferecem cursos técnicos aumentou 18,1%.
Para Almério Melquíades de Araújo, coordenador do ensino técnico do Centro Paula Souza, esse crescimento é contínuo. "Estamos caminhando para a plenitude em termos de matrículas", diz Araújo. Em quatro anos, a rede Paula Souza abriu 28 escolas técnicas, atingindo o total atual de 126 unidades.
O aquecimento também é verificado na esfera federal: até o início do próximo ano, 74 mil vagas deverão ser abertas. "Procuramos ampliar a oferta nos Estados sem escola técnica federal, como Acre, Amapá e Mato Grosso do Sul, além das regiões interioranas e da periferia dos grandes centros urbanos", afirma o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco.

Mercado de trabalho
Por oferecer conhecimento específico, o ensino técnico aumenta as oportunidades de conquistar um emprego de qualidade, na avaliação de Garabed Kenchian, do Cefet-SP (Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo).
"Quem termina o ensino médio vai trabalhar no comércio como vendedor, com um salário entre R$ 300 e R$ 600. Já quem faz o ensino profissionalizante, em geral, recebe esse montante em estágios durante o curso e, após concluir os estudos, disputa salários de R$ 800 para cima", compara Kenchian.
Na rede Paula Souza, por exemplo, a empregabilidade de ex-alunos passa de 80%. Vale ressaltar, porém, que nem todos os concluintes trabalham em sua área de formação.
As perspectivas de dar início a uma carreira ascendente alimentam o sonho de Lucas Freires da Silva, 17. Pouco antes de concluir o ensino técnico de informática, no semestre passado, o então estudante procurou turbinar o currículo e desenvolveu, em parceria com dois colegas, um projeto de aplicação que serve como entretenimento e informação.
"Ganhamos até um prêmio, o que deve facilitar meu ingresso no mercado de trabalho", diz.


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