DE SÃO PAULO

O ideal, para especialistas consultados pela Folha, seria gastar, no máximo, 30 minutos para ir e 30 para voltar do trabalho.
Como nem sempre o emprego está perto de casa, existem iniciativas que podem amenizar os possíveis problemas de saúde.
Com a implementação de bibliotecas, grêmios recreativos, academias de musculação e programas como ginástica laboral para combater o estresse, as empresas têm como contribuir para a melhora do bem-estar do funcionário, indica Lúcia Helena Accioli Nunes, médica do trabalho do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.
Para Antônio Carlos Zechinatti, chefe de departamento de medicina do trabalho da Unifesp, a ginástica laboral não pode ser vista como a solução para o funcionário.
"O trabalhador braçal não tem pique para isso. Ele já chega cansado", destaca.

BEM-ESTAR
As empresas podem oferecer programas de proteção e promoção à saúde do trabalhador. O primeiro passo para isso, diz o psiquiatra Duílio de Camargo, é identificar fatores que estejam interferindo no lado emocional e físico de cada colaborador -como a distância entre a empresa e a moradia.
A partir disso, explica Camargo, deve-se investir em orientação sobre qualidade de vida entre os empregados.
O próprio trabalhador pode criar regras para amenizar os efeitos dos longos trajetos.
A disciplina é o ponto principal para dosar os horários de fazer exercícios físicos e preparar a própria comida -para fugir dos lanches-, além de dormir bem.
Como tempo livre é algo difícil para quem fica horas a fio no trânsito, uma das recomendações de especialistas é saltar do ônibus em pontos anteriores ao do destino e apostar em caminhadas.


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