São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

concursos

Comunidades na internet facilitam os estudos e aproximam "concurseiros"

Troca de informações e de experiência é a principal função de páginas de candidatos na rede

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ajudar o próximo é o lema dos internautas que querem passar ou que já passaram em um concurso público. As provas não são fáceis -e é justamente por isso que, além de dedicarem tempo às apostilas, os interessados procuram somar forças trocando dicas entre eles.
Só na rede de relacionamentos Orkut são mais de 150 comunidades voltadas para "concurseiros". A maior delas conta com mais de 47 mil associados.
Já o portal Yahoo! hospeda 700 grupos, com participantes de todo o Brasil. Para fazer parte, é preciso ter e-mail do Yahoo! e escolher um ou mais grupos para participar. Como o Orkut, o acesso é gratuito.
A reportagem da Folha "visitou" esses pontos de encontro virtuais e verificou que informações sobre dias de inscrição, tipos de prova e onde conseguir material para estudo são algumas das dicas mais citadas (veja opções no quadro ao lado).
Os professores e os próprios "concurseiros" freqüentemente disponibilizam provas de raciocínio lógico e material didático. Também fomentam grupos de estudo, agendados via comunidades virtuais -as reuniões acontecem até via programas de comunicação instantânea, com horário marcado.
Nas comunidades do Orkut, por exemplo, o depoimento de quem se dedicou e conseguiu passar na prova funciona como um incentivo aos novatos.
Mas o que leva concorrentes a se tornarem parceiros? Professor em 12 cursos -todos voltados a concursos públicos-, Wagner Homem Barros diz que o motivador é "a vontade de ver os outros obtendo sucesso".
Ele menciona um tipo de pensamento comum entre os internautas: "Tomara que eu passe e ajude os outros depois".
Às vezes, Barros, que montou um site de dicas, troca os papéis e participa do exame. "Inscrevo-me apenas para fazer uma auto-avaliação", conta.

Happy hour antecipado
Além de ajudar e de facilitar a troca de experiências, os grupos também têm a função de aproximar as pessoas. "Depois de passar em um dos concursos que prestei para trabalhar no Rio de Janeiro, marquei encontro com os aprovados. Tive de viajar de São Paulo até lá, mas valeu a pena, pois conheci meus futuros colegas de trabalho", conta S.D.A., 27, que ainda aguarda a convocação para mudar de trabalho -e de cidade.


Texto Anterior: Engenheiros globais: Politécnicos "voam" para o exterior
Próximo Texto: Na internet
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.