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concursos
Comunidades na internet facilitam os estudos e aproximam "concurseiros"
Troca de informações e de experiência é a principal função de páginas de candidatos na rede
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ajudar o próximo é o lema
dos internautas que querem
passar ou que já passaram em
um concurso público. As provas
não são fáceis -e é justamente
por isso que, além de dedicarem
tempo às apostilas, os interessados procuram somar forças
trocando dicas entre eles.
Só na rede de relacionamentos Orkut são mais de 150 comunidades voltadas para "concurseiros". A maior delas conta
com mais de 47 mil associados.
Já o portal Yahoo! hospeda
700 grupos, com participantes
de todo o Brasil. Para fazer parte, é preciso ter e-mail do
Yahoo! e escolher um ou mais
grupos para participar. Como o
Orkut, o acesso é gratuito.
A reportagem da Folha "visitou" esses pontos de encontro
virtuais e verificou que informações sobre dias de inscrição,
tipos de prova e onde conseguir
material para estudo são algumas das dicas mais citadas (veja
opções no quadro ao lado).
Os professores e os próprios
"concurseiros" freqüentemente disponibilizam provas de raciocínio lógico e material didático. Também fomentam grupos de estudo, agendados via
comunidades virtuais -as reuniões acontecem até via programas de comunicação instantânea, com horário marcado.
Nas comunidades do Orkut,
por exemplo, o depoimento de
quem se dedicou e conseguiu
passar na prova funciona como
um incentivo aos novatos.
Mas o que leva concorrentes
a se tornarem parceiros? Professor em 12 cursos -todos voltados a concursos públicos-,
Wagner Homem Barros diz que
o motivador é "a vontade de ver
os outros obtendo sucesso".
Ele menciona um tipo de
pensamento comum entre os
internautas: "Tomara que eu
passe e ajude os outros depois".
Às vezes, Barros, que montou
um site de dicas, troca os papéis
e participa do exame. "Inscrevo-me apenas para fazer uma
auto-avaliação", conta.
Happy hour antecipado
Além de ajudar e de facilitar a
troca de experiências, os grupos
também têm a função de aproximar as pessoas. "Depois de
passar em um dos concursos
que prestei para trabalhar no
Rio de Janeiro, marquei encontro com os aprovados. Tive de
viajar de São Paulo até lá, mas
valeu a pena, pois conheci meus
futuros colegas de trabalho",
conta S.D.A., 27, que ainda
aguarda a convocação para mudar de trabalho -e de cidade.
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