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sua carreira
Energia eólica demanda profissional
Carência de mão de obra impulsiona repatriação de especialistas e criação de pós-graduação
JORDANA VIOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL
A capacidade de geração de
energia eólica no país deve quadruplicar até 2012, segundo a
Empresa de Pesquisa Energética. É que, até lá, está previsto o
início da operação das 71 usinas
que venceram o leilão governamental de dezembro.
Para viabilizar esses projetos, empresas do segmento correm contra o tempo para formar mão de obra especializada
na área. Por ser nova no Brasil,
ela não conta com técnicos e
engenheiros em número suficiente para suprir a demanda.
"Tenho 30 vagas abertas para
engenheiros e técnicos", destaca Marcos Fukumura, diretor
de recursos humanos da Impsa,
que fabrica equipamentos e
constrói parques eólicos.
A empresa tem produção garantida até 2011. Com outros
leilões previstos para este ano,
a demanda pode aumentar -e,
com ela, a necessidade de profissionais.
Uma das saídas para esse impasse é recorrer a trabalhadores de países onde o segmento
é mais desenvolvido, como Dinamarca, Alemanha e Espanha.
A Impsa, por exemplo, trouxe
pelo menos dez brasileiros que
atuavam nesses locais.
Já a solução adotada pela
Braselco, prestadora de serviço
no setor de energias renováveis, foi promover o intercâmbio de seus colaboradores com
empresas portuguesas, espanholas e inglesas.
A espanhola Enerfin também buscou conhecimento
no exterior para a construção
do Parque Eólico de Osório,
no Rio Grande do Sul, entre
2005 e 2006. Para desenvolver
a obra, a companhia treinou 60
técnicos na Alemanha.
Outra alternativa das empresas é recrutar profissionais de
áreas similares e promover a
especialização dentro de casa.
É o caso da Braselco, que
contrata recém-formados ou
alunos do último ano de engenharia e oferece qualificação.
"Enquanto o mercado não
amadurece, o melhor caminho
é esse", opina Armando Abreu,
CEO da empresa.
Pós-graduação
As regiões Nordeste e Sul são
os principais destinos de engenheiros e técnicos. Esses locais
concentram hoje os maiores
parques eólicos do Brasil.
No leilão do ano passado, dos
71 projetos vencedores, 63 ficam no Nordeste - dos quais
23 no Rio Grande do Norte. O
Estado foi o campeão em relação ao volume licitado, com 657
MWh contratados.
Para evitar um apagão de
mão de obra, a Federação das
Indústrias do Estado do Rio
Grande do Norte e a Universidade Federal do Rio Grande do
Norte assinaram um acordo
para a criação do curso de especialização em energia eólica,
com duração de 390 horas.
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