São Paulo, domingo, 13 de maio de 2007

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CAMINHO DA FLUÊNCIA

Fluência em outro idioma requer objetivo definido

Requisito profissional, inglês ainda é barreira para muitos trabalhadores

Renato Stockler/Folha Imagem
A administradora Erica Harumi Ysaiama diz não conseguir escapar do vaivém de níveis básicos e intermediários do inglês


CÁSSIO AOQUI
EDITOR-ASSISTENTE DE EMPREGOS E CARREIRAS

Em oito anos, foram cinco escolas com metodologias diferentes, seis meses viajando pela Europa e um professor particular. Some a isso dez módulos escolares e pilhas de livros capazes de preencher uma estante.
Mesmo com esse histórico, a administradora Erica Harumi Ysaiama, 27, não consegue escapar do vaivém de níveis básicos e intermediários do inglês.
"Há temas que, por mais que eu estude, sempre esqueço. Isso me deixa com bronca do idioma. Faço inglês por obrigação, não porque gosto", conta.
Situação semelhante à da analista de sistemas Erika Gmurczyk, 29. Nos últimos tempos, teve cinco professores particulares, mas diz ter a sensação de "eterna estudante".
"Preciso estudar inglês sem estudar inglês -fazer cursos em que o idioma seja uma ferramenta para aprender outras coisas", considera Gmurczyk.
A história de ambas confunde-se com a de inúmeros profissionais que batalham anos a fio para poder mencionar "inglês fluente" no currículo.
A pesquisadora da Faculdade de Comunicação da UnB (Universidade de Brasília) Maria Jandyra Cavalcanti Cunha explica que o aprendizado depende de uma série de fatores individuais -como motivação, idade, filtro afetivo e inserção nogrupo- e do ambiente.
"Hoje o estímulo é cada vezmaior e vem de fora para dentro, por ferramentas como internet e TV a cabo. Mas é preciso levar em conta a motivação,que vem de dentro para fora", destaca.
Além do gosto pelo idioma, especialistas ouvidos pela Folha são unânimes ao eleger o fator essencial para encontrar os melhores cursos de inglês: a definição do objetivo.
É a falta dele, segundo a professora do Departamento de Letras Modernas da USP Walkyria Monte Mor, que cria uma das barreiras à fluência no idioma. "A resistência ao aprendizado é criada quando o ensino não leva em conta o que a pessoa precisa", considera.
"Quem quer passar em concurso deve estudar a estrutura da língua. Para uma reunião, é melhor aula particular", indica Fernanda Liberali, professora de lingüística da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica).
Opções não faltam: cursos regular e a distância, intercâmbio, aula particular e imersão. A escolha, porém, não é das mais fáceis, segundo Liberali.
"Os estudantes não conseguem adequar o aprendizado às suas necessidades", avalia Liberali.
Para os que já superaram esse obstáculo, a Folha traz opções de cursos, com informações para a escolha da escola.


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