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CAMINHO DA FLUÊNCIA
Fluência em outro idioma requer objetivo definido
Requisito profissional, inglês ainda é barreira para muitos trabalhadores
Renato Stockler/Folha Imagem
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A administradora Erica Harumi Ysaiama diz não conseguir escapar do vaivém de níveis básicos e intermediários do inglês |
CÁSSIO AOQUI
EDITOR-ASSISTENTE DE EMPREGOS E CARREIRAS
Em oito anos, foram cinco escolas com metodologias diferentes, seis meses viajando pela
Europa e um professor particular. Some a isso dez módulos escolares e pilhas de livros capazes de preencher uma estante.
Mesmo com esse histórico, a
administradora Erica Harumi
Ysaiama, 27, não consegue escapar do vaivém de níveis básicos e intermediários do inglês.
"Há temas que, por mais que
eu estude, sempre esqueço.
Isso me deixa com bronca do
idioma. Faço inglês por obrigação, não porque gosto", conta.
Situação semelhante à da
analista de sistemas Erika
Gmurczyk, 29. Nos últimos
tempos, teve cinco professores
particulares, mas diz ter a sensação de "eterna estudante".
"Preciso estudar inglês sem
estudar inglês -fazer cursos
em que o idioma seja uma ferramenta para aprender outras
coisas", considera Gmurczyk.
A história de ambas confunde-se com a de inúmeros profissionais que batalham anos a
fio para poder mencionar
"inglês fluente" no currículo.
A pesquisadora da Faculdade
de Comunicação da UnB (Universidade de Brasília) Maria
Jandyra Cavalcanti Cunha explica que o aprendizado depende de uma série de fatores individuais -como motivação, idade, filtro afetivo e inserção nogrupo- e do ambiente.
"Hoje o estímulo é cada vezmaior e vem de fora para dentro, por ferramentas como internet e TV a cabo. Mas é preciso levar em conta a motivação,que vem de dentro para
fora", destaca.
Além do gosto pelo idioma,
especialistas ouvidos pela
Folha são unânimes ao eleger
o fator essencial para encontrar os melhores cursos de inglês: a definição do objetivo.
É a falta dele, segundo a professora do Departamento de
Letras Modernas da USP
Walkyria Monte Mor, que cria
uma das barreiras à fluência no
idioma. "A resistência ao
aprendizado é criada quando o
ensino não leva em conta o que
a pessoa precisa", considera.
"Quem quer passar em concurso deve estudar a estrutura
da língua. Para uma reunião, é
melhor aula particular", indica
Fernanda Liberali, professora
de lingüística da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica).
Opções não faltam: cursos
regular e a distância, intercâmbio, aula particular e imersão.
A escolha, porém, não é das
mais fáceis, segundo Liberali.
"Os estudantes não conseguem adequar o aprendizado
às suas necessidades", avalia
Liberali.
Para os que já superaram esse obstáculo, a Folha traz opções de cursos, com informações para a escolha da escola.
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