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Fofocas caem na rede
Mexerico de trabalho ganha força com rede social e é rastreado por peritos
ADRIANA CHAVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ela pode ser só um temperinho nas conversas de trabalho no corredor. Mas também
pode causar danos à imagem
de empresas e funcionários,
provocando demissões e arruinando sólidas carreiras.
O fato é que a fofoca é realidade na maioria das empresas e, num cenário em que o
acesso à internet aumentou
75,3% de 2005 a 2008 no Brasil, segundo o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), as redes sociais potencializam a disseminação
das mais variadas histórias.
Nesse contexto, já existem
profissionais especializados
em pegar funcionários com a
boca no trombone -ou, melhor, os dedos no teclado.
É o caso do perito digital
Wanderson Castilho, que
rastreou 500 casos de fofoca,
muitos dos quais envolvendo
situações corporativas.
Apesar de não existirem
estatísticas sobre os casos
desse tipo, segundo Castilho,
"existem notificações não
oficiais, pois as empresas evitam falar sobre o tema".
"O grande problema é que
as pessoas se esquecem
de que o comentário vai ser
público e que, uma vez na rede, fica "escrito na pedra" e
serve como documento para
ações judiciais", salienta.
Ele lembra o caso de um site norte-americano criado
para compartilhar fofocas
das empresas de lá que gerou
sérios problemas jurídicos
para companhias e autores
antes de sair do ar.
O especialista em "e-business" Rafael Kiso reforça a
necessidade de as empresas
se adaptarem à nova realidade, que inclui o Orkut, o Twitter, o Facebook e o LinkedIn.
"A fofoca sempre existiu.
Os meios digitais criaram
apenas uma forma exponencial de divulgação. Há uma
tendência forte agora de redes sociais corporativas, que
também propiciarão a divulgação de fofocas internas."
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