São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

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Fofocas caem na rede

Mexerico de trabalho ganha força com rede social e é rastreado por peritos

ADRIANA CHAVES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ela pode ser só um temperinho nas conversas de trabalho no corredor. Mas também pode causar danos à imagem de empresas e funcionários, provocando demissões e arruinando sólidas carreiras.
O fato é que a fofoca é realidade na maioria das empresas e, num cenário em que o acesso à internet aumentou 75,3% de 2005 a 2008 no Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as redes sociais potencializam a disseminação das mais variadas histórias.
Nesse contexto, já existem profissionais especializados em pegar funcionários com a boca no trombone -ou, melhor, os dedos no teclado.
É o caso do perito digital Wanderson Castilho, que rastreou 500 casos de fofoca, muitos dos quais envolvendo situações corporativas.
Apesar de não existirem estatísticas sobre os casos desse tipo, segundo Castilho, "existem notificações não oficiais, pois as empresas evitam falar sobre o tema".
"O grande problema é que as pessoas se esquecem de que o comentário vai ser público e que, uma vez na rede, fica "escrito na pedra" e serve como documento para ações judiciais", salienta.
Ele lembra o caso de um site norte-americano criado para compartilhar fofocas das empresas de lá que gerou sérios problemas jurídicos para companhias e autores antes de sair do ar.
O especialista em "e-business" Rafael Kiso reforça a necessidade de as empresas se adaptarem à nova realidade, que inclui o Orkut, o Twitter, o Facebook e o LinkedIn.
"A fofoca sempre existiu. Os meios digitais criaram apenas uma forma exponencial de divulgação. Há uma tendência forte agora de redes sociais corporativas, que também propiciarão a divulgação de fofocas internas."


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