São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

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Autocrítica desarma especulação

Profissional deve se conhecer para transformar pontos fracos em oportunidade de crescer

Nem sempre alvo pode ser considerado vítima; exposição exacerbada aumenta as chances de fuxicos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cada vez mais competitivo e nem sempre com regras claras, o ambiente de trabalho contribui muito para o surgimento de problemas provocados por fuxicos e intrigas.
"Quando a política de reconhecimento da empresa é velada, há uma competitividade acirrada que favorece a fofoca", afirma a psicoterapeuta Cecília Zylberstajn. "O profissional usa o fuxico para lidar com a inveja e diminuir atributos do outro."
Para ela, no entanto, a situação também pode servir para impulsionar o próprio crescimento. "A pessoa pode pensar "se ele conseguiu, eu também quero e posso conseguir" e focar isso em vez de tentar diminuir o outro."
A autoavaliação, ressalta Zylberstajn, é fundamental para manter esse controle. "É preciso ter maturidade profissional, ser autocrítico, olhar para si e avaliar seus pontos fracos e fortes. Ao se conhecer, o que o outro conseguir não vai doer tanto -e a pessoa vai transformar o que não tem em algo produtivo para seu crescimento."
Para a psicóloga Nilda Jock, desarmar o outro é uma forma de reparar os danos da fofoca. "É preciso preocupar-se com mudanças no tom de voz e evitar o padrão repetitivo de comportamento, que se torna estéril. Não adianta repetir para a pessoa parar de fazer isso ou aquilo."
Outra recomendação de especialistas é apostar na comunicação com os colegas, já que o profissional colaborativo, que tem boas relações e joga com o time, dificilmente tem esse tipo de problema.
Nem sempre o alvo de fofoca, porém, pode ser considerado uma vítima. "Tem quem adore se expor, falar que foi promovido, que ganhou um MBA. Não é para não revelar nada sobre si, mas ser mais na sua, senão fica prepotente. Discrição e menos exposição diminuem a probabilidade de se tornar um alvo", pondera Zylberstajn.


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