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PÓS-TRABALHO
Matrícula deve estar aliada a plano
Peso da pós no currículo do candidato depende da trajetória e dos objetivos profissionais
DA REPORTAGEM LOCAL
O peso do mestrado profissional no currículo dos trabalhadores ainda não é um
consenso entre especialistas
em recursos humanos.
Há alguns, como a diretora-executiva da Lens & Minarelli,
Mariá Giuliese, que julgam que
o mestrado tenha um pouco
mais de valor do que um bom
MBA. "É preciso avaliar a qualidade do programa e o quanto
ele contribuiu para o negócio."
Para outros, como o consultor de capital humano Roberto
Recinella, um MBA feito em
uma instituição de renome tem
a mesma força de um mestrado
profissional no currículo.
"Agora, com essa nova roupagem, o mestrado está mais
produtivo, mais atraente para
os executivos", considera.
Já o consultor de recursos
humanos da Human Resources
Fernando Montero avalia que o
valor do mestrado está atrelado
à área de atuação. "Em carreiras administrativas, ele não
tem grande impacto, mas faz
diferença quando se fala de
alguém que trabalha com educação corporativa", compara.
Projetos
No entanto, em um ponto todos concordam: se não houver
objetivo e um plano de carreira,
a pós stricto sensu ficará ofuscada entre as experiências.
O especialista em tecnologia
da informação Marco Aurélio
Filippetti, 35, tinha delineados
os motivos que o levaram a um
mestrado profissional em engenharia da computação.
Além de aprofundar-se em
alguns temas, queria ter uma
"pós de peso" para dar mais
visibilidade a seu currículo.
"Nas entrevistas que fiz, o
curso chamou a atenção. Todos
os selecionadores quiseram
saber mais sobre minha experiência", diz ele, que credita ao
mestrado sua migração de engenheiro de redes a consultor
de tecnologia e operações.
O gerente de projetos Alexandre Barbieri, 35, não traça
uma relação nítida entre o mestrado e a ascensão profissional,
mas destaca que o curso é uma
boa forma de aliar os universos
da academia e da corporação.
Sua dissertação aplicou a
experiência adquirida na universidade à da empresa de tecnologia na qual trabalhava.
"Pude usar conteúdos aprendidos no dia a dia", diz.
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