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MECÂNICA
Ofício é peça-chave para o desenvolvimento dos equipamentos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Nada se move e nada se fabrica
sem a engenharia mecânica. "O
engenheiro mecânico se diferencia dos demais por conhecer profundamente mecanismos, ciências térmicas e processos de fabricação -o que lhe permite construir máquinas para as mais variadas tarefas, sistemas destinados a transformar, a armazenar e
a utilizar a energia e a moldar os
materiais na forma de objetos e
produtos", explica Flávio Fiorelli,
coordenador do curso de engenharia mecânica da Escola Politécnica da USP.
O trabalho do engenheiro mecânico é utilizado na maioria das
áreas. Os profissionais estão em
quase todos os tipos de indústria,
nas empresas e nos escritórios de
projeto e de consultoria, na área
de pesquisa e de desenvolvimento
e até mesmo no setor financeiro e
de investimentos.
O perfil do novo engenheiro
mecânico está relacionado com a
de um gestor, que, além de tratar
das questões da produção, acumula agora funções administrativas e de decisão.
Além disso, cada vez mais esse
profissional se depara com a experiência do trabalho em equipe,
muitas vezes multidisciplinar,
obrigando-o a desenvolver habilidades de relacionamento pessoal.
Um campo de interesse que
sempre ofereceu boas oportunidades de atuação para os engenheiros mecânicos é o setor automobilístico. "O mercado mudou
muito nos últimos anos. Havia
um tempo em que não se desenvolvia nada no Brasil, e esse profissional era simplesmente um
técnico. Hoje, 27 empresas produzem 52 marcas diferentes no
país", afirma Gleiton Luiz Damoulis, 33, professor de engenharia mecânica com ênfase em automobilística da FEI.
O ITA oferece um curso diferenciado de engenharia mecânica
aeronáutica, que forma profissionais para atuar em projetos multidisciplinares, de caráter integrado, com o desafio de aplicar conhecimentos específicos para
complementar outras áreas, como eletrônica e computação.
Sobre a necessidade da educação continuada, Luís Gonzaga
Trabasso, professor da Divisão de
Engenharia Aeronáutica do ITA,
afirma: "Acreditamos que, no futuro, haverá a necessidade de discutir a pertinência de termos como "diploma com tempo de validade", tal a urgência da atualização dos conteúdos técnico-científicos dos cursos de engenharia".
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