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saúde corporativa
Vacina evita que doença prejudique a viagem
Profissional deve se informar sobre risco de surto e exigência sanitária
GUSTAVO HENNEMANN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não é só o passaporte que deve estar em dia antes de embarcar rumo a compromissos profissionais. O mesmo vale para a
carteira de vacinação, que deve
ser atualizada -para evitar que
doenças infecciosas prejudiquem a agenda.
Empresas que enviam funcionários a outras regiões do
Brasil ou ao exterior devem
atentar para risco de eventuais
surtos e para exigências sanitárias de migração -como o certificado internacional de imunização contra febre amarela.
Apesar de órgãos internacionais e brasileiros monitorarem
a ocorrência de doenças infecciosas, não há lista de imunizações necessárias em cada país.
Mas existem algumas pistas.
Regiões quentes, onde há mais
mosquitos, favorecem o contágio de dengue, malária e febre
amarela, aponta a médica Flávia Bravo, coordenadora do
CBME-Vi (Centro Brasileiro de
Medicina do Viajante).
Os riscos, em geral, são maiores em países em que o saneamento básico é deficiente e o
investimento em saúde é menor, afirma Bravo.
No entanto, surtos de sarampo são comuns na Europa. Até
mesmo perto dos belos Alpes
austríacos, por exemplo, também pode-se contrair encefalite a partir de um carrapato, segundo a médica.
Para se prevenir, é preciso
obter informações, com antecedência, sobre como e onde se
imunizar. A vacina contra a febre amarela, por exemplo, leva
dez dias para fazer efeito.
"O brasileiro chega a locais
que são considerados áreas de
risco e só então procura a vacina, mas aí não adianta. O importante é antecipar", aponta
Isabella Ballalai, vice-presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações).
"É preciso estar ciente de que
uma gripe ou doença pode impedir uma reunião e causar
prejuízos para o profissional e
para a empresa", completa.
Embarque cancelado
Na Petrobras, os funcionários recebem orientações de
saúde padronizadas para viagens e missões internacionais.
Isso inclui um cartão de vacinas, segundo o gerente de saúde do grupo, Sérgio Rossato.
"No ano passado, cancelamos o embarque de um grupo
que viajaria para a Bolívia porque eles não estavam imunizados contra a febre amarela."
A carteira de vacinas do gerente de segurança, ambiente e
saúde da Petrobras, Luiz Igrejas Filho, 49, é quase tão carimbada quanto seu passaporte.
Ele viaja ao exterior pelo menos uma vez por mês -já esteve
em quase toda a América Latina e em países da África- e,
além das vacinas do calendário
normal do adulto, também é
imunizado contra hepatite A e
B, febre tifoide e febre amarela.
"Ninguém viaja com a agenda folgada. A gente já vai com o
horário ajustado, por isso é imprescindível ir e voltar com
saúde", comenta Igrejas Filho.
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