São Paulo, domingo, 15 de março de 2009

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saúde corporativa

Vacina evita que doença prejudique a viagem

Profissional deve se informar sobre risco de surto e exigência sanitária

GUSTAVO HENNEMANN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não é só o passaporte que deve estar em dia antes de embarcar rumo a compromissos profissionais. O mesmo vale para a carteira de vacinação, que deve ser atualizada -para evitar que doenças infecciosas prejudiquem a agenda.
Empresas que enviam funcionários a outras regiões do Brasil ou ao exterior devem atentar para risco de eventuais surtos e para exigências sanitárias de migração -como o certificado internacional de imunização contra febre amarela.
Apesar de órgãos internacionais e brasileiros monitorarem a ocorrência de doenças infecciosas, não há lista de imunizações necessárias em cada país.
Mas existem algumas pistas. Regiões quentes, onde há mais mosquitos, favorecem o contágio de dengue, malária e febre amarela, aponta a médica Flávia Bravo, coordenadora do CBME-Vi (Centro Brasileiro de Medicina do Viajante).
Os riscos, em geral, são maiores em países em que o saneamento básico é deficiente e o investimento em saúde é menor, afirma Bravo.
No entanto, surtos de sarampo são comuns na Europa. Até mesmo perto dos belos Alpes austríacos, por exemplo, também pode-se contrair encefalite a partir de um carrapato, segundo a médica.
Para se prevenir, é preciso obter informações, com antecedência, sobre como e onde se imunizar. A vacina contra a febre amarela, por exemplo, leva dez dias para fazer efeito.
"O brasileiro chega a locais que são considerados áreas de risco e só então procura a vacina, mas aí não adianta. O importante é antecipar", aponta Isabella Ballalai, vice-presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações).
"É preciso estar ciente de que uma gripe ou doença pode impedir uma reunião e causar prejuízos para o profissional e para a empresa", completa.

Embarque cancelado
Na Petrobras, os funcionários recebem orientações de saúde padronizadas para viagens e missões internacionais. Isso inclui um cartão de vacinas, segundo o gerente de saúde do grupo, Sérgio Rossato.
"No ano passado, cancelamos o embarque de um grupo que viajaria para a Bolívia porque eles não estavam imunizados contra a febre amarela."
A carteira de vacinas do gerente de segurança, ambiente e saúde da Petrobras, Luiz Igrejas Filho, 49, é quase tão carimbada quanto seu passaporte.
Ele viaja ao exterior pelo menos uma vez por mês -já esteve em quase toda a América Latina e em países da África- e, além das vacinas do calendário normal do adulto, também é imunizado contra hepatite A e B, febre tifoide e febre amarela.
"Ninguém viaja com a agenda folgada. A gente já vai com o horário ajustado, por isso é imprescindível ir e voltar com saúde", comenta Igrejas Filho.


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