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PROVAS
Tempo livre define se é preciso fazer cursinho
Os mais disciplinados podem ir atrás do perfil dos testes anteriores
GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A primeira etapa a ser superada para chegar ao cargo público é a prova escrita. Por isso,
antes de começar a estudar, é
preciso analisá-la para saber se
terá questões objetivas, de múltipla escolha ou discursivas.
A segunda etapa é identificar
se ela "exige memorização, desenvolvimento lógico, associação de ideias ou até interpretação de leis", recomenda Sylvio
Motta, conselheiro da Anpacc
(Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos e
Concursandos).
Se o teste exigir conhecimentos mais literais de um assunto,
o jeito será memorizar. Se for
mais complexo, será preciso saber o que diferentes autores e
fontes comentam sobre o tema.
Quem não tem ideia de por
onde começar deveria procurar
um cursinho, opina Adalberto
Pinto, professor de técnica de
estudos. "Profissionais informam o que é pedido e ensinam
macetes para boa resolução da
prova", comenta.
Essa ajuda, contudo, poderá
custar até R$ 3.000 por seis
meses, em média -depende do
número de disciplinas.
"Cursos a distância custam a
metade, mas exigem mais dedicação. As aulas podem ser
acompanhadas pela internet",
diz Francisco Mariotti, coordenador da Concursos e Cursos.
Já os que têm mais familiaridade com o processo seletivo
podem estudar sozinhos.
Fazer cursinho é desnecessário para quem tem tempo e disciplina para ir atrás de informações sobre as provas e o material didático, pondera Motta, da
Anpacc, que também é proprietário de um curso preparatório.
"Apostilas, nunca. Procure livros especializados em sites e
na bibliografia do edital", opina. Sua outra dica é se habituar
a fazer resumos.
Por conta própria
A opção pela "independência", porém, exige boa apuração
do conteúdo programático, conhecimento do edital e cuidados para não perder o foco.
"Para pedir dicas, ajuda muito conversar com alguém que já
tenha feito outras provas para
saber o que é preciso entender
e o que memorizar", afirma
Pinto. "As questões são muito
parecidas de um ano para outro, e os temas, recorrentes."
O ritmo da preparação difere
para cada candidato. "O número de horas de estudo por dia é
irrelevante e depende da capacidade de absorção e de concentração", diz Motta.
Hoje analista da Receita Federal, Fernanda Franklin, 31,
conta que fez cursinho por seis
meses. "Nos dias em que tinha
aula, não estudava em casa. Aos
finais de semana, estudava quatro horas por dia. Depois, durante os dois meses que antecederam o exame, estudei em casa, à noite, por três horas."
"O que todos devem ter é um
planejamento com horas diárias dedicadas ao concurso, intercaladas com exercícios mentais que auxiliem na concentração, como ioga", sugere Motta.
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