São Paulo, domingo, 15 de março de 2009

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PROVAS

Tempo livre define se é preciso fazer cursinho

Os mais disciplinados podem ir atrás do perfil dos testes anteriores

GIOVANNY GEROLLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A primeira etapa a ser superada para chegar ao cargo público é a prova escrita. Por isso, antes de começar a estudar, é preciso analisá-la para saber se terá questões objetivas, de múltipla escolha ou discursivas.
A segunda etapa é identificar se ela "exige memorização, desenvolvimento lógico, associação de ideias ou até interpretação de leis", recomenda Sylvio Motta, conselheiro da Anpacc (Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos e Concursandos).
Se o teste exigir conhecimentos mais literais de um assunto, o jeito será memorizar. Se for mais complexo, será preciso saber o que diferentes autores e fontes comentam sobre o tema.
Quem não tem ideia de por onde começar deveria procurar um cursinho, opina Adalberto Pinto, professor de técnica de estudos. "Profissionais informam o que é pedido e ensinam macetes para boa resolução da prova", comenta.
Essa ajuda, contudo, poderá custar até R$ 3.000 por seis meses, em média -depende do número de disciplinas.
"Cursos a distância custam a metade, mas exigem mais dedicação. As aulas podem ser acompanhadas pela internet", diz Francisco Mariotti, coordenador da Concursos e Cursos.
Já os que têm mais familiaridade com o processo seletivo podem estudar sozinhos.
Fazer cursinho é desnecessário para quem tem tempo e disciplina para ir atrás de informações sobre as provas e o material didático, pondera Motta, da Anpacc, que também é proprietário de um curso preparatório.
"Apostilas, nunca. Procure livros especializados em sites e na bibliografia do edital", opina. Sua outra dica é se habituar a fazer resumos.

Por conta própria
A opção pela "independência", porém, exige boa apuração do conteúdo programático, conhecimento do edital e cuidados para não perder o foco.
"Para pedir dicas, ajuda muito conversar com alguém que já tenha feito outras provas para saber o que é preciso entender e o que memorizar", afirma Pinto. "As questões são muito parecidas de um ano para outro, e os temas, recorrentes."
O ritmo da preparação difere para cada candidato. "O número de horas de estudo por dia é irrelevante e depende da capacidade de absorção e de concentração", diz Motta.
Hoje analista da Receita Federal, Fernanda Franklin, 31, conta que fez cursinho por seis meses. "Nos dias em que tinha aula, não estudava em casa. Aos finais de semana, estudava quatro horas por dia. Depois, durante os dois meses que antecederam o exame, estudei em casa, à noite, por três horas."
"O que todos devem ter é um planejamento com horas diárias dedicadas ao concurso, intercaladas com exercícios mentais que auxiliem na concentração, como ioga", sugere Motta.


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