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MULTIPLICAÇÃO DE APRENDIZ
Para jovens, experiência deverá impulsionar carreira
Empresas passam a investir mais em aprendizes visando efetivar time
WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Investir na capacitação da
mão-de-obra juvenil foi a maneira que muitas empresas encontraram para otimizar o
cumprimento da Lei do Aprendiz -e, de quebra, garantir a
imagem de empresa cidadã.
"A gente une o útil ao agradável", diz Carla Zeitune, da Indiana Seguros, empresa em que
30 dos 36 aprendizes formados
foram efetivados. "É um investimento com retorno, já que o
jovem é preparado para trabalhar [como auxiliar técnico] em
quase todas as funções", diz.
Esse é o caso de Flávia Aparecida de Lima, 19, que enfrentou
cerca de 160 jovens para conseguir uma das 12 vagas para
aprendiz da Indiana. Lima se
formou em 2005 e hoje é auditora júnior. "O programa foi um
trampolim na minha carreira",
diz ela, agora também instrutora de aprendizes na empresa.
Como ela, outras empresas
também estão se mobilizando
para ampliar a qualidade dos
programas. Neste mês, foi a vez
da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), em parceria
com o MTE, anunciar que 67
instituições financeiras passarão a ter aprendizes.
Até 2008, é prevista a contratação de 4.000 jovens, que poderão seguir o exemplo do escriturário Carlos Eduardo
Menghue Bufalo, 17. Aos 15, ele
se tornou aprendiz do Bradesco. "Eu também queria seguir
carreira na área [como a mãe].
Sabia que seria um diferencial
em minha trajetória", explica.
Mais experiência
Vera Marques, superintendente do Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola), que
tem hoje 1.400 firmas parceiras
e 5.361 aprendizes, concorda
que o programa torna-se chamariz. "Esse jovem chegará ao
mercado com dois diferenciais:
qualificação e experiência."
Os setores tradicionais têm
vagas. Mas há outros, como o de
esportes, que também têm despontado nesse leque de ofertas.
O Sindi-Clube, sindicato que
congrega 17 entidades desportivas de São Paulo, faz parte
dessa lista. O órgão formou 150
aprendizes em dois anos.
Chance para empresas
"As empresas deveriam aliar
melhor a chance de formar pessoal à de melhorar a imagem",
diz Reginaldo Teixeira Rosa,
coordenador do programa. Ele
diz que 12 dos 150 jovens já estão efetivados. "Os outros estão
aí para o mercado", afirma.
Um dos que tiveram essa sorte é Leandro de Carvalho Barreto, 15, que concluirá o curso
em quatro meses. A intenção
dele é buscar emprego em academias como rebatedor de bola
-profissional que joga com tenista sem parceiro. "Antes do
programa, eu passava o dia jogando bola na rua. Hoje tenho
um futuro garantido", explica.
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