|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
saúde corporativa
Vacina entra na cartela de benefícios
Empresas passam a oferecer variedade de imunizações; calendário traz as indispensáveis
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar de ter mais visibilidade, não são só os acidentes de
trabalho que ameaçam a saúde
dos profissionais. Há doenças
que podem acometer o trabalhador de acordo com a função.
O Ministério do Trabalho e
Emprego já reconheceu a importância do assunto ao lançar,
em 2005, a norma regulamentadora 32, com diretrizes para a
implementação de medidas de
proteção à saúde dos trabalhadores da área de saúde. Entre
elas, está a vacinação gratuita.
Baseadas nisso, empresas de
grande porte já mantêm campanhas internas de vacinação
para funcionários -que valem
mesmo para empregados que
não são da área de saúde, para
quem a oferta é obrigatória.
Entre os trabalhadores mais
sujeitos às doenças infecciosas
-e que, portanto, devem ficar
atentos à carteira de vacinas-
estão os grupos ligados à saúde
e os que trabalham em locais
confinados, avisa Paulo Soares
de Azevedo, especialista da
Anamt (Associação Nacional
de Medicina do Trabalho).
No caso dos primeiros, a
moléstia mais preocupante é a
hepatite do tipo B, transmitida
pelo sangue contaminado.
Já em locais confinados, o
perigo está no próprio ambiente de trabalho. Em espaços subterrâneos, por exemplo, os colaboradores devem ser vacinados contra influenza (vírus da
gripe), febre tifóide e tétano.
Devido às especificidades de
cada ramo, a Sociedade Brasileira de Imunizações criou um
calendário de vacinação ocupacional, que divide os profissionais por área de atuação (leia
mais no quadro abaixo).
Campeã de procura
No outono, a gripe é a campeã de procura. Talvez por
isso, a maior parte das empresas que oferecem campanhas
internas de vacinação está
focada na imunização dos funcionários contra o influenza.
José Paulo Macedo, diretor-médico da Integral Saúde, confirma que, dentre sua clientela,
a maioria das firmas costuma
vacinar contra a gripe -já que
8% do absenteísmo registrado
por elas se deve à doença, diz.
O universo corporativo, porém, ainda precisa avançar em
relação a esse benefício. "Dá
para contar nos dedos quem
oferece outras [proteções].
Falta amadurecimento dos empresários", diagnostica Pedro
Onófrio, diretor-médico da Intermédica. O custo da campanha contra o influenza varia de
R$ 20 a R$ 25 por funcionário.
A Sabesp é uma das que diversificaram a oferta. Lá, quem
trabalha diretamente com valas e esgotos tem direito a uma
vacinação mais completa, que
inclui febre tifóide e tétano.
A DaimlerChrysler do Brasil
é outra. A companhia mantém
vacinação contra o tétano há 20
anos, e contra a gripe, há dez.
"Os casos de pneumonia caíram 60%", comemora o supervisor de medicina assistencial
da empresa, Ioshiaki Yogi.
Texto Anterior: Evento: Sesc oferece palestra para desempregados Próximo Texto: [+]Gratuitamente: Poder público oferece grupo de vacinas Índice
|