São Paulo, domingo, 15 de julho de 2007

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saúde corporativa

Vacina entra na cartela de benefícios

Empresas passam a oferecer variedade de imunizações; calendário traz as indispensáveis

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de ter mais visibilidade, não são só os acidentes de trabalho que ameaçam a saúde dos profissionais. Há doenças que podem acometer o trabalhador de acordo com a função.
O Ministério do Trabalho e Emprego já reconheceu a importância do assunto ao lançar, em 2005, a norma regulamentadora 32, com diretrizes para a implementação de medidas de proteção à saúde dos trabalhadores da área de saúde. Entre elas, está a vacinação gratuita.
Baseadas nisso, empresas de grande porte já mantêm campanhas internas de vacinação para funcionários -que valem mesmo para empregados que não são da área de saúde, para quem a oferta é obrigatória.
Entre os trabalhadores mais sujeitos às doenças infecciosas -e que, portanto, devem ficar atentos à carteira de vacinas- estão os grupos ligados à saúde e os que trabalham em locais confinados, avisa Paulo Soares de Azevedo, especialista da Anamt (Associação Nacional de Medicina do Trabalho).
No caso dos primeiros, a moléstia mais preocupante é a hepatite do tipo B, transmitida pelo sangue contaminado.
Já em locais confinados, o perigo está no próprio ambiente de trabalho. Em espaços subterrâneos, por exemplo, os colaboradores devem ser vacinados contra influenza (vírus da gripe), febre tifóide e tétano.
Devido às especificidades de cada ramo, a Sociedade Brasileira de Imunizações criou um calendário de vacinação ocupacional, que divide os profissionais por área de atuação (leia mais no quadro abaixo).

Campeã de procura
No outono, a gripe é a campeã de procura. Talvez por isso, a maior parte das empresas que oferecem campanhas internas de vacinação está focada na imunização dos funcionários contra o influenza.
José Paulo Macedo, diretor-médico da Integral Saúde, confirma que, dentre sua clientela, a maioria das firmas costuma vacinar contra a gripe -já que 8% do absenteísmo registrado por elas se deve à doença, diz.
O universo corporativo, porém, ainda precisa avançar em relação a esse benefício. "Dá para contar nos dedos quem oferece outras [proteções]. Falta amadurecimento dos empresários", diagnostica Pedro Onófrio, diretor-médico da Intermédica. O custo da campanha contra o influenza varia de R$ 20 a R$ 25 por funcionário.
A Sabesp é uma das que diversificaram a oferta. Lá, quem trabalha diretamente com valas e esgotos tem direito a uma vacinação mais completa, que inclui febre tifóide e tétano.
A DaimlerChrysler do Brasil é outra. A companhia mantém vacinação contra o tétano há 20 anos, e contra a gripe, há dez. "Os casos de pneumonia caíram 60%", comemora o supervisor de medicina assistencial da empresa, Ioshiaki Yogi.


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