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sua carreira - biblioteconomia:
Novas funções revitalizam profissão
Com mercado eclético, pós amplia oportunidades de trabalho; salário chega a R$ 10 mil
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O excesso de informação que
caracteriza este século vem
sendo acusado de fazer mal à
saúde, sobretudo à memória.
Se é ruim para alguns, para os
bibliotecários é uma bênção.
Quem escolheu a carreira tem
hoje vasta área de trabalho.
Antes visto como alguém fadado a trabalhar em bibliotecas
empoeiradas e pouco valorizado nas empresas, esse profissional ganhou status de gestor
de dados nas instituições.
Isso porque ser capaz de absorver tudo o que é divulgado
não necessariamente implica
estar bem informado -é preciso selecionar dados úteis em
meio ao turbilhão diário de informações disponíveis.
A Classificação Brasileira de
Ocupações, do Ministério do
Trabalho e Emprego, identifica
hoje o bibliotecário como profissional da informação. Em
suas atribuições estão atividades como disponibilizar informações em qualquer suporte e
gerenciar centros de documentação, entre outras.
Especialização
A formação superior é ofertada em cursos como biblioteconomia e documentação, ciência
ou gestão da informação. Mas a
faculdade, sozinha, não basta.
"É aconselhável fazer pós-graduação em economia ou administração", sugere Vera Lucia
Stefanov, presidente do SinBiesp (sindicato da categoria).
Motivo do conselho: o mercado de trabalho é eclético. Há
oportunidades em bancos de
dados ou núcleos de pesquisa
de empresas e institutos, universidades (onde o salário pode
ultrapassar R$ 10 mil), colégios,
internet e até em consultorias.
Para interessados na área
técnica, o Senac-SP oferece um
curso de 800 horas/aula (15
meses) que forma o auxiliar de
biblioteca. Ele trabalha sob supervisão, e seu salário varia de
R$ 550 a R$ 700. "Temos grande procura de empresas por estagiários", afirma Sueli Nemem, coordenadora do curso.
Negócio próprio
Há espaço, inclusive, para
empreender. Foi o que fez Laura Del Mar Lourenço, 51. Após
trabalhar numa empresa e no
Ipen (Instituto de Pesquisas
Energéticas e Nucleares), atendendo a pesquisadores, ela se
uniu ao marido, fotógrafo, para
fundar, em 1991, o banco de
imagens Pulsar, que hoje conta
com cerca de 700 mil cromos
sobre os mais diversos temas.
O arquivo foi disponibilizado
na internet, ambiente em que
conta com mais de 16 mil imagens. "Tive de aprender formas
de catalogação que não me ensinaram na faculdade", conta.
Segundo Lourenço, o sistema
de ensino não se preparou para
a mudança pela qual passou a
carreira. "Mas as escolas já estão prestando mais atenção à
tecnologia", diz ela, que fez vários cursos de especialização:
processamento de imagens,
tratamento de arquivos digitais
e informática, entre outros.
Para Vera Lucia Stefanov, do
SinBiesp, o maior problema enfrentado pela categoria é a remuneração paga pelos municípios, geralmente inferior ao piso salarial (veja quadro). "Há
um projeto na Câmara para estender aos municípios a convenção coletiva", afirma.
SinBiesp - Tel.: 0/xx/11/3242-0911
www.sinbiesp.org.br
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