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COMPETÊNCIAS
Afiar as habilidades leva trainee à contratação
Gestores contam o que esperam que o jovem desenvolva no programa
JORDANA VIOTTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em um ano e meio, Priscilla
Bentim, 28, passou por diversas
unidades da Nestlé, viveu em
três cidades e agora se prepara
para embarcar para a Suíça, onde acaba o programa de trainee.
Tantas mudanças exigiram
dela flexibilidade e iniciativa,
duas das competências desejadas em jovens candidatos ao
primeiro cargo de gerência.
"Os trainees devem se dispor
a buscar informações sobre como realizar suas atividades",
indica Caroline Cobiak, coordenadora de projetos e gestão
de jovens profissionais da consultoria Across.
Também é indispensável saber trabalhar em equipe, comunicar-se bem e ter comprometimento e perfil de liderança.
A última característica é a
que os jovens têm menos desenvolvida, até porque, em geral, não possuem muita experiência de trabalho. Mas saber
se comunicar já é um bom passo nessa direção.
Foi assim que Victoria Bastian, 23, foi escolhida para uma
das três vagas do trainee da
Henkel, em 2007. "Durante a
dinâmica, consegui discutir um
projeto, ouvir as pessoas e chegar a um consenso", lembra ela,
que foi contratada neste ano.
A ansiedade é o ponto negativo que mais se destaca durante
o treinamento. É uma característica considerada natural da
chamada geração Y, que cresceu na era da internet.
"É comum jovens falarem
que não enxergam chances de
crescimento após um mês de
empresa", cita Renata Schmidt,
gerente da divisão de estágios e
trainees do Grupo Foco.
Perfil autêntico
Algumas dessas competências começam a ser observadas
já no processo seletivo. Por isso
é importante ser autêntico, e
não tentar mostrar algo que
não é. Até porque macetes de
quem quer se enquadrar a qualquer custo estão manjados.
"Dizer que o principal defeito
é o perfeccionismo não cola
mais", comenta Cobiak. Em vez
disso, a dica é admitir algumas
falhas e mostrar o que está fazendo para melhorar.
Isso sem tirar o foco dos pontos fortes. "Fraquezas todo
mundo tem. O importante é
que elas não ofusquem o que
você tem de melhor", opina
João Dornellas, diretor de recursos humanos da Nestlé.
Allyne Magnoli, 23, hoje gerente júnior na área de marketing da Danone, conta que se
destacou na seleção devido a
leituras que havia feito sobre
saúde e nutrição, tema do caso
estudado. "É importante buscar informações sobre a empresa para ver se você se encaixa."
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