S?o Paulo, domingo, 16 de outubro de 2011

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Disputa por talento será mais acirrada

Mesmo com desaceleração da economia, empresas têm de competir com concorrência por trabalhador sênior

DE SÃO PAULO

Apesar da desaceleração da economia, as contratações continuarão em níveis elevados, e reter talentos deverá ser ainda mais difícil, segundo consultores de RH.
"Esse cenário torna as companhias reféns de profissionais acima da média", avalia Daniel Maldaner, da consultoria Muttare.
Outro motivo que deixará a disputa ainda mais acirrada é a maturação desses trabalhadores, afirma Dorival Donadão, sócio da consultoria DN Consult. À medida que o tempo passa, os talentos ficam mais experientes e mais disputados.
Marcelo Ribeiro, gerente de RH da Zurich, de seguros, sabe o que é isso. Ao tentar segurar o quadro, muitas vezes é barrado pela concorrência. "Em pouco tempo, o mercado começa a comprar esses talentos. É uma bolha."
Para evitar perdas, Ribeiro utiliza a mesma estratégia: "Vamos atrás de pessoas de bancos e consultorias".

ESTRATÉGIA
Vinicius Jorge, 25, superintendente de linhas financeiras da Zurich, recebeu "proposta atraente", mas ficou na empresa e foi promovido.
"A autonomia que tenho é o que mais me prende." Mas ele se questiona se teria ficado caso não tivesse recebido promoção e caso percebesse que não teria como crescer.
Carla Arcos, gerente de recursos humanos da Solaris, da área de equipamentos, afirma ficar atenta ao que acontece no mercado "para entender os funcionários".
Contudo, avalia, "é difícil reter, porque as pessoas têm necessidades diferentes".
Na Risotto Mix, de alimentação, a rotatividade é grande. "O país melhorou, e a oferta de emprego aumentou", justifica Adenilson Soares, sócio-diretor da rede.
Segundo ele, não falta investimento para conseguir manter os profissionais no quadro de funcionários. O custo indireto em ações de retenção, como programas de bem-estar, "é 115% maior que o direto [como política de salários e benefícios]".
A dificuldade em reter atinge 82,6% das empresas, segundo a ABRH. Para Maldaner, consultor da Muttare, a maior dificuldade é mudar a forma de gerir pessoas.



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