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BENEFÍCIO INDEFINIDO
Pensionista deve participar de fundo
Acúmulo de funções tem de ser evitado, diz consultor
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No período de reformatação
da previdência complementar,
é fundamental -tanto para
funcionários da ativa
como para aposentados- observar alguns pontos-chave
em fundos de pensão.
Entre os fatores relacionados
à gestão do fundo, Luiz Alberto
Alvernaz, diretor de previdência da consultoria de recursos
humanos Watson Wyatt, destaca que os participantes devem ter cadeiras em seus conselhos fiscal e deliberativo (veja
mais no quadro desta página).
O ideal, ressalta Alvernaz, é
que não haja coincidência de
funções. Um exemplo é uma
pessoa ser gestora de recursos
humanos da empresa e, ao mesmo tempo, do fundo de pensão.
Esse foi o caso da Varig com o
fundo Aerus, de acordo com
Castagna Maia, advogado dos
aposentados da companhia. O
fundo está sob intervenção da
SPC (Secretaria de Previdência
Complementar) desde 2006.
Maia afirma que a Aerus
aceitou renegociar a dívida da
Varig com o fundo 21 vezes, todas com autorização da SPC.
Por isso, diz, há atualmente
aposentados que recebem apenas 8% do benefício planejado.
A SPC afirma que " jamais foram feitas 21 negociações das
dívidas do Aerus, mas apenas
uma ou duas" e que só comenta
sobre os fundos com os "interessados". A Flex, empresa que
ficou com dívidas da ex-Varig,
se negou a comentar o assunto.
O aposentado da Aerus Zoroastro Ferreira Lima Filho,
78, afirma que recebia "uma revista da Aerus com informações de que tudo estava muito
bem e de que o fundo era considerado um dos mais rentáveis".
Ele conta que, "de repente", o
fundo não tinha mais dinheiro.
"As repactuações [negociações
da dívida] só aconteceram porque a maioria do conselho deliberativo e a totalidade da diretoria executiva do fundo eram
preenchidas por executivos da
própria Varig", considera.
Despesas
Além da questão de como as
decisões do fundo são tomadas,
Alvernaz aponta que as despesas da administração e o custo
dos investimentos devem ser
observados, sejam eles feitos
por terceiros, sejam por pessoal
próprio do fundo em questão.
Ele ressalta que, no caso dos
terceirizados, é preciso que os
gestores sempre busquem preços competitivos no mercado.
No caso da contribuição definida, Eduardo Correia, líder de
previdência da consultoria de
recursos humanos Mercer, recomenda atenção à participação do mercado de ações nos
investimentos. Ela é proporcional ao risco, adverte.
(AL)
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