S?o Paulo, domingo, 17 de julho de 2011 |
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Alto escalão resiste a programa corporativo DE SÃO PAULO O programa de combate à dependência química da Caterpillar, indústria de máquinas, foi criado na década de 1980 para auxiliar um executivo da empresa que tinha problemas com tóxicos. O profissional, no entanto, foi o único líder atendido pelo programa. O histórico de atendimento, segundo a companhia, tem "funcionários do chão de fábrica". Além de oferecer suporte para tratamento, a empresa faz exames toxicológicos na admissão de funcionários ou quando percebe aumento injustificado de faltas, alterações de comportamento e outros reflexos que possam ser causados pelo uso de drogas. Qualquer empresa tem o direito de aplicar exames nos funcionários, explica a advogada Nádia Demoliner Lacerda, do escritório Mesquita Barros Advogados. O único requisito é fazer do procedimento uma política clara. Segundo ela, ao detectar abuso de substâncias psicoativas, a companhia não pode forçar o funcionário a participar de programas de combate ao uso de drogas, o que pode ser considerado procedimento discriminatório. POLÍTICA NAS EMPRESAS A diretora da Anamt (Associação Nacional de Medicina do Trabalho) Márcia Bandini afirma que os programas devem estar baseados em três pilares: prevenção, regras contra o abuso e reabilitação. Segundo Bandini, o primeiro deve ter como base educação e treinamento. O segundo deve incluir normas claras, como procedimentos escritos e devidamente comunicados aos trabalhadores. O programa, dizem especialistas, deve ser gerido pela área de saúde, não pela de recursos humanos. O funcionário, esclarecem, tende a temer represálias e demissão. Texto Anterior: Medo de vício faz diretor evitar tomar remédios Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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