S?o Paulo, domingo, 17 de julho de 2011

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CURSOS

Mestrado profissional cresce 34%

Abordagem voltada ao mercado de trabalho impulsiona busca por curso

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mercado de trabalho tem impulsionado a oferta de mestrados profissionais no país. O número de cursos, que é hoje de cerca de 430, deve chegar a 577 em 2013 -aumento de 34%-, segundo projeções da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) no recém-lançado Plano Nacional de Pós-Graduação.
Focado na capacitação de pessoas para setores não acadêmicos, o mestrado profissional deve passar das 10.135 matrículas computadas em 2009 para 14.625 em 2013.
"[Nessa modalidade de stricto sensu,] é possível passar conhecimento de maneira mais direta, atendendo a demandas específicas do mercado", afirma Lívio Amaral, diretor de avaliação da Capes, órgão ligado ao MEC (Ministério da Educação).
Para o dentista Eduardo Picanço, 39, não foi apenas a aplicabilidade do conteúdo que o levou ao mestrado profissional em implantodontia. "Meu objetivo sempre foi o atendimento clínico, mas as residências que havia feito não me davam titulação", explica ele, que hoje se divide entre a clínica e a docência.
Os cursos de atualização e de especialização, completa, "não garantiam a utilidade [do conteúdo] no dia a dia".
O lato sensu, para o executivo Sérgio Almeida, 38, no entanto, foi útil. Mas, em 2005, ele detectou que seria necessário mais aprofundamento. "Mesmo com MBA eu sentia falta da parte analítica para solucionar as demandas do cargo de gerente, que ocupava nesse período. Notei que precisava de mais estudos."
Começou mestrado profissional em administração na FGV (Fundação Getulio Vargas). "Tomar decisões implica olhar múltiplos fatores, e isso só aprendi no curso."
Quando terminou, foi promovido a diretor. Atualmente, é sócio da área de transações da empresa de auditoria Ernst & Young Terco.

EXIGÊNCIA
Apesar da projeção de crescimento, a modalidade abarca cerca de 10% do total de mestrandos no país.
"Ainda é um número muito baixo para que as empresas passem a exigir especificamente esse curso [na bagagem de um candidato]", afirma Lucas Peschke, gerente da consultoria de recrutamento Hays. (Bianca Bibiano)


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