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Bacharel escolhe ramo da música
DA REPORTAGEM LOCAL
"Temos uma história de
exclusão social", diz Alexandre Carvalho Baroni,
presidente do Conade
(Conselho Nacional dos
Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência).
Essa exclusão é um dos
motivos apontados por especialistas para justificar a
falta de acessibilidade.
Ainda que algumas alterações sejam de fácil resolução -há, por exemplo,
softwares grátis-, mudanças em prédios, calçamentos e transporte são
mais onerosas -e lentas.
É com esses obstáculos
que, dia a dia, muitos, entre eles o bacharel em direito Roger Martins Marques, 31, têm de lidar.
Marques, que é cego, orgulha-se de conhecer quase toda a cidade de São
Paulo. "Trabalhei em vendas externas", comenta.
Mas reconhece que a falta
de acessibilidade dificulta
a locomoção pela cidade.
Ele, porém, diz não permitir que isso atrapalhe
suas atividades -trabalha
em uma empresa de telefonia, adaptando obras ao
braile, e faz parte do grupo
DJs Unidos, apresentando-se em festas e eventos.
"Quero ter aulas de teclado", planeja o profissional, que não quer advogar.
Ele pretende seguir com
as duas atividades. "Se não
conseguir conciliá-las, escolho a música."
(RB)
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