São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 2004

Texto Anterior | Índice

SUA CARREIRA

Profissional terá 4 folgas a mais neste ano

DA REDAÇÃO

Após um semestre inteiro sem um feriado durante a semana (exceto o Natal e o Ano Novo), o próximo (aniversário de São Paulo, dia 25) cai justamente em um domingo. Mas, antes de reclamar, saiba que 2004 pode ser visto como um alívio em termos de folga.
O ano não vai ter um recorde em número de fins de semana "prolongáveis", mas o calendário está equilibrado, com cinco feriados em dias de semana em cada semestre.
Para quem tem a oportunidade de emendar quando o feriado cai numa terça ou numa quinta e prolongar a folga, outra boa notícia: serão quatro dias de descanso a mais do que em 2003, não considerando sábados e domingos.
Conceição Silva, 36, gerente de marketing da Orbitall (de processamento de informações comerciais), conta que já analisou o calendário de 2004 atrás dos feriados. "Queria ter uma idéia de como vai ser. Nosso departamento trabalha nos fins de semana, de madrugada e também durante alguns feriados. Então fazemos uma escala de revezamento", diz.
"Avaliamos o volume de trabalho e nunca tivemos problemas nessas negociações", completa.
Arnaldo Giannini, diretor-executivo de RH da empresa, diz que a política comum é "permitir a ponte, mas com plantonistas trabalhando no dia da emenda".
"Vale a pena fazer essas concessões, quando possível, por serem um reconhecimento pelo trabalho. Isso aumenta o comprometimento e reduz o nível de estresse."

Pequeno drama
Na EDS (serviços de informática), a norma é emendar em todos os feriados, compensando as folgas extras. "Desde novembro temos a agenda dos feriados do ano seguinte para as localidades em que atuamos, já que há os feriados regionais, e anunciamos sempre em dezembro", explica Glaucia Teixeira, diretora de RH no Brasil.
Isso evita um pequeno drama: o de deixar as equipes sem saber se vão ou não trabalhar num feriado prolongado. "Os funcionários conseguem se programar. Mas áreas como a do call center, que trabalham 24 horas, passam por escalonamento diferente."
"É bom não depender de rodízio nem de liberação do chefe. Mas vale o bom senso: se você tem um contrato para fechar na sexta, não deve emendar", completa.
Gabriela Boff, 30, gerente de marketing da EDS, diz que ter de ficar uma hora por dia a mais durante alguns meses, para poder descansar nos feriados, não é um problema. "Consigo tempo para mim mesma e planejo as viagens. A empresa em que eu trabalhava antes funcionava de forma diferente: éramos avisados com uma semana de antecedência, e sempre alguém ficava de plantão. Não dava para me programar."
Um outro sistema utilizado pelas companhias, como a Unimed do Brasil, é o banco de horas: se o funcionário tiver crédito, por ter trabalhado a mais, pode curtir o feriadão longe da empresa.
"Cabe à chefia decidir, mas fica mais fácil. Quando as empresas precisam da equipe, ela está à disposição. Nada mais justo que o contrário também aconteça", afirma Rosana Nardy Balote, gerente de RH e serviços.
"E quem não tem horas no banco pode ficar em "débito" se for liberado pelo superior." (PL)


Texto Anterior: Postos de trabalho: Sistema de emprego da Sert tem vagas em diversas áreas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.