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SUA CARREIRA
Profissional terá 4 folgas a mais neste ano
DA REDAÇÃO
Após um semestre inteiro sem
um feriado durante a semana (exceto o Natal e o Ano Novo), o próximo (aniversário de São Paulo,
dia 25) cai justamente em um domingo. Mas, antes de reclamar,
saiba que 2004 pode ser visto como um alívio em termos de folga.
O ano não vai ter um recorde
em número de fins de semana
"prolongáveis", mas o calendário
está equilibrado,
com cinco feriados em dias de semana em cada semestre.
Para quem tem a oportunidade
de emendar quando o feriado cai
numa terça ou numa quinta e
prolongar a folga, outra boa notícia: serão quatro dias de descanso
a mais do que em 2003, não considerando sábados e domingos.
Conceição Silva, 36, gerente de
marketing da Orbitall (de processamento de informações comerciais), conta que já analisou o calendário de 2004 atrás dos feriados. "Queria ter uma idéia de como vai ser. Nosso departamento
trabalha nos fins de semana, de
madrugada e também durante alguns feriados. Então fazemos
uma escala de revezamento", diz.
"Avaliamos o volume de trabalho e nunca tivemos problemas
nessas negociações", completa.
Arnaldo Giannini, diretor-executivo de RH da empresa, diz que
a política comum é "permitir a
ponte, mas com plantonistas trabalhando no dia da emenda".
"Vale a pena fazer essas concessões, quando possível, por serem
um reconhecimento pelo trabalho. Isso aumenta o comprometimento e reduz o nível de estresse."
Pequeno drama
Na EDS (serviços de informática), a norma é emendar em todos
os feriados, compensando as folgas extras. "Desde novembro temos a agenda dos feriados do ano
seguinte para as localidades em
que atuamos, já que há os feriados
regionais, e anunciamos sempre
em dezembro", explica Glaucia
Teixeira, diretora de RH no Brasil.
Isso evita um pequeno drama: o
de deixar as equipes sem saber se
vão ou não trabalhar num feriado
prolongado. "Os funcionários
conseguem se programar. Mas
áreas como a do call center, que
trabalham 24 horas, passam por
escalonamento diferente."
"É bom não depender de rodízio nem de liberação do chefe.
Mas vale o bom senso: se você tem
um contrato para fechar na sexta,
não deve emendar", completa.
Gabriela Boff, 30, gerente de
marketing da EDS, diz que ter de
ficar uma hora por dia a mais durante alguns meses, para poder
descansar nos feriados, não é um
problema. "Consigo tempo para
mim mesma e planejo as viagens.
A empresa em que eu trabalhava
antes funcionava de forma diferente: éramos avisados com uma
semana de antecedência, e sempre alguém ficava de plantão. Não
dava para me programar."
Um outro sistema utilizado pelas companhias, como a Unimed
do Brasil, é o banco de horas: se o
funcionário tiver crédito, por ter
trabalhado a mais, pode curtir o
feriadão longe da empresa.
"Cabe à chefia decidir, mas fica
mais fácil. Quando as empresas
precisam da equipe, ela está à disposição. Nada mais justo que o
contrário também aconteça",
afirma Rosana Nardy Balote, gerente de RH e serviços.
"E quem não tem horas no banco pode ficar em "débito" se for liberado pelo superior."
(PL)
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