São Paulo, domingo, 18 de janeiro de 2009

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MBA ON-LINE

Mercado é dúbio em relação à aceitação do certificado

Profissional deve averiguar ferramentas, conteúdo e corpo docente

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A educação a distância está em fase de transição: tem vencido o preconceito do mercado em relação a novas metodologias, mas ainda enfrenta resistência por não ser considerada tão eficaz quanto a presencial.
"Existe preconceito. Em entrevistas, já fui questionada sobre a opção pelo curso [virtual] e senti que a informação não havia sido bem recebida", diz a analista de marketing Anna Paola Ciulla, 30, que cursa MBA on-line na FGV.
No entanto, segundo ela, bastaram três meses de procura -quando ainda estava na metade do MBA- para conseguir um trabalho melhor. "Não ponho no currículo que o curso é on-line, mas sinto que os recrutadores estão mais receptivos."
Segundo a consultora de carreira Andrea Huggard-Caine Reti, para que a experiência seja reconhecida no mercado, é preciso escolher bem. Primeiro, investigar o MBA -conteúdo, ferramentas e professores. Depois, optar por um oferecido por faculdades "de primeira linha no ensino presencial".
"Um MBA on-line pode ser um bom investimento em termos de conhecimento, mas não enriquecerá o currículo pelo título em si, exceto nas áreas mais concorridas", pontua Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos.

Interatividade
Na hora da opção pelo estudo a distância, a interatividade do curso é um dos grandes desafios. O secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, reitera: "É preciso verificar se o desenho pedagógico e as ferramentas privilegiam esse aspecto".
Isso não apenas pela troca de experiências mas também para a ampliação da rede de relacionamentos profissionais -dois dos principais trunfos dos MBAs-, segundo consultores.
O melhor caminho, diz Bielschowsky, é sondar ex-alunos do curso. "E verificar o nível da instituição e dos professores."
Foi o que fez o analista de sistemas Fábio Cristófalo da Silva, 46, que já havia cursado especialização on-line e hoje estuda MBA pela web na Esab (Escola Superior Aberta do Brasil). Para ele, a participação em "chats" e fóruns pode minimizar a perda em termos de "networking".
"Forma-se uma rede em que os contatos, ainda que virtuais, são mais frequentes", ressalta.


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