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MBA ON-LINE
Mercado é dúbio em relação à aceitação do certificado
Profissional deve averiguar ferramentas, conteúdo e corpo docente
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A educação a distância está
em fase de transição: tem vencido o preconceito do mercado
em relação a novas metodologias, mas ainda enfrenta resistência por não ser considerada
tão eficaz quanto a presencial.
"Existe preconceito. Em entrevistas, já fui questionada sobre a opção pelo curso [virtual]
e senti que a informação não
havia sido bem recebida", diz a
analista de marketing Anna
Paola Ciulla, 30, que cursa
MBA on-line na FGV.
No entanto, segundo ela, bastaram três meses de procura
-quando ainda estava na metade do MBA- para conseguir
um trabalho melhor. "Não ponho no currículo que o curso é
on-line, mas sinto que os recrutadores estão mais receptivos."
Segundo a consultora de carreira Andrea Huggard-Caine
Reti, para que a experiência seja reconhecida no mercado, é
preciso escolher bem. Primeiro, investigar o MBA -conteúdo, ferramentas e professores.
Depois, optar por um oferecido
por faculdades "de primeira linha no ensino presencial".
"Um MBA on-line pode ser
um bom investimento em termos de conhecimento, mas não
enriquecerá o currículo pelo título em si, exceto nas áreas
mais concorridas", pontua Jacqueline Resch, sócia-diretora
da Resch Recursos Humanos.
Interatividade
Na hora da opção pelo estudo
a distância, a interatividade do
curso é um dos grandes desafios. O secretário de Educação a
Distância do MEC, Carlos
Eduardo Bielschowsky, reitera:
"É preciso verificar se o desenho pedagógico e as ferramentas privilegiam esse aspecto".
Isso não apenas pela troca de
experiências mas também para
a ampliação da rede de relacionamentos profissionais -dois
dos principais trunfos dos
MBAs-, segundo consultores.
O melhor caminho, diz Bielschowsky, é sondar ex-alunos do
curso. "E verificar o nível da
instituição e dos professores."
Foi o que fez o analista de sistemas Fábio Cristófalo da Silva,
46, que já havia cursado especialização on-line e hoje estuda
MBA pela web na Esab (Escola
Superior Aberta do Brasil).
Para ele, a participação em
"chats" e fóruns pode minimizar a perda em termos de
"networking".
"Forma-se uma rede em que
os contatos, ainda que virtuais,
são mais frequentes", ressalta.
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