São Paulo, domingo, 18 de março de 2007

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6.000 VAGAS

Perspectivas são positivas em construção e energia

Especialistas apontam os setores que devem abrir mais oportunidades

RAQUEL BOCATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Logística, R$ 58,3 bilhões. Energia, R$ 274,8 bilhões. Infra-estrutura social, R$ 170 bilhões. Das cifras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), não consta a de geração de postos de trabalho. O aumento de vagas, porém, está entre os objetivos do plano.
Quem deve ganhar de imediato -assim que os primeiros reais forem aplicados- são profissionais da área de infra-estrutura. A utilização dessa verba, prevista para ser empregada entre os anos de 2007 e 2010, afetará setores como os de saneamento, logística, transportes e telecomunicações, indicam especialistas.
Na avaliação do coordenador do Núcleo de Logística e Cadeia de Suprimentos da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, a área mais impactada pelo programa será a de construção civil. "Serão cargos que exigem baixa qualificação e que oferecem salários menores", aponta.
Resende elenca, ainda, os setores portuário, ferroviário e rodoviário como os que mais criarão postos de trabalho com os investimentos federais. "A oferta deve crescer também em áreas relacionadas, como a de equipamentos ferroviários."
A essa lista de segmentos, o diretor de educação corporativa da Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base), Fábio Aidar, acrescenta um tópico: energia.
"Existe uma demanda [de mão-de-obra] reprimida", diz.
Os investimentos, avalia Aidar, gerarão oportunidades para profissionais de níveis básico e técnico e engenheiros. Especialmente para os que têm conhecimento de fontes alternativas de energia, como eólica e biomassa, e de hidrelétricas.

Movimentação
O gerente da área de construção da consultoria Michael Page, Otávio Nogueira, afirma que o mercado começa a dar respostas em volume de oportunidades de trabalho geradas.
Destaca, contudo, que espera uma abertura maior de vagas entre o segundo e o terceiro trimestres. "Trabalhamos com uma perspectiva de aumento da oferta de oportunidades de cerca de 50%", conta Nogueira.
Enquanto os projetos não saem do papel, poucas empresas já começam a se movimentar. Confira, na página a seguir, levantamento da Folha com 6.246 vagas em dez empresas.


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