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6.000 VAGAS
Perspectivas são positivas em construção e energia
Especialistas apontam os setores que devem abrir mais oportunidades
RAQUEL BOCATO
DA REPORTAGEM LOCAL
Logística, R$ 58,3 bilhões.
Energia, R$ 274,8 bilhões.
Infra-estrutura social, R$ 170
bilhões. Das cifras do PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento), não consta a de
geração de postos de trabalho.
O aumento de vagas, porém, está entre os objetivos do plano.
Quem deve ganhar de imediato -assim que os primeiros
reais forem aplicados- são
profissionais da área de infra-estrutura. A utilização dessa
verba, prevista para ser empregada entre os anos de 2007 e
2010, afetará setores como os
de saneamento, logística,
transportes e telecomunicações, indicam especialistas.
Na avaliação do coordenador
do Núcleo de Logística e Cadeia
de Suprimentos da Fundação
Dom Cabral, Paulo Resende, a
área mais impactada pelo programa será a de construção civil. "Serão cargos que exigem
baixa qualificação e que oferecem salários menores", aponta.
Resende elenca, ainda, os setores portuário, ferroviário e
rodoviário como os que mais
criarão postos de trabalho
com os investimentos federais.
"A oferta deve crescer também
em áreas relacionadas, como a
de equipamentos ferroviários."
A essa lista de segmentos,
o diretor de educação corporativa da Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base), Fábio Aidar,
acrescenta um tópico: energia.
"Existe uma demanda [de
mão-de-obra] reprimida", diz.
Os investimentos, avalia Aidar, gerarão oportunidades para profissionais de níveis básico
e técnico e engenheiros. Especialmente para os que têm conhecimento de fontes alternativas de energia, como eólica e
biomassa, e de hidrelétricas.
Movimentação
O gerente da área de construção da consultoria Michael Page, Otávio Nogueira, afirma que
o mercado começa a dar respostas em volume de oportunidades de trabalho geradas.
Destaca, contudo, que espera
uma abertura maior de vagas
entre o segundo e o terceiro trimestres. "Trabalhamos com
uma perspectiva de aumento
da oferta de oportunidades de
cerca de 50%", conta Nogueira.
Enquanto os projetos não
saem do papel, poucas empresas já começam a se movimentar. Confira, na página a seguir,
levantamento da Folha com
6.246 vagas em dez empresas.
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