São Paulo, domingo, 18 de maio de 2008

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LONGE DA LOUSA

Gasto com "e-learning" deve ser 56% maior em 2008

Custo menor motiva investimentos de empresas em EAD

Rafael Hupsel/Folha Imagem
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IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os investimentos em educação a distância dentro das empresas mostram-se em franca ascensão, segundo dados do AbraEAD 2008 (Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância), obtidos com exclusividade pela Folha.
Um sinal disso é que, em 2006, o levantamento constatou que os dispêndios em "e-learning" dentro das empresas não chegavam a 5%. Já no ano passado, saltaram para 26%. "É mais barato investir na educação a distância do que na presencial", justifica Fábio Sanchez, coordenador do anuário.
O número de empresas pesquisadas, no entanto, variou nas duas pesquisas -de 21 para 27. "No último estudo, a amostra foi mais representativa, uma vez que foram ouvidas mais companhias", ressalta Sanchez.
O anuário mostra ainda que a intenção das empresas para 2008 é aumentar em 56% o investimento em treinamento a distância em relação ao ano passado. O ensino presencial, que leva a maior fatia dos gastos organizacionais, deve receber 20% a mais de recursos.

Corte de custos
Segundo Francisco Antônio Soeltl, membro do comitê de criação do Conarh (Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas) e presidente do Portal E-Learning Brasil, desde 1999, o investimento acumulado em treinamento a distância nas empresas está em R$ 1 bilhão.
Já o retorno em benefícios para as firmas nesse período gira em torno de R$ 2,5 bilhões.
"O "e-learning" reduz os custos sensivelmente", diz Soeltl.
Além de diminuir os gastos com deslocamento, outra vantagem do treinamento a distância para as empresas é ser uma forma de poder atingir um número maior de colaboradores.
Os funcionários de níveis operacionais são atendidos por 92% dos cursos fora da sala de aula (veja tabela abaixo), seguidos pelos de supervisão (81%) e pelos de gerência (72%).
"Mas isso não significa que se deve parar de fazer o curso presencial", pondera Fernando Cardoso, sócio-diretor da Integração Escola de Negócios.
Para ele, os treinamentos presenciais devem ser usados em momentos considerados estratégicos. Já com o "e-learning", aponta, ganha-se produtividade e amplia-se o alcance das ações educacionais.


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