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LONGE DA LOUSA
Ritmo de expansão do ensino a distância, no entanto, é o menor dos últimos quatro anos
Matrículas crescem 25% em 2007
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O número de alunos matriculados no país em cursos credenciados do ensino a distância
em 2007 cresceu quase 25%
em relação ao ano anterior.
Entretanto, o ritmo de expansão foi menor do que o registrado nos últimos anos (veja
abaixo), segundo dados do
AbraEAD 2008.
O maior crescimento da área
aconteceu em 2005 (63%).
A razão para isso, aponta
Fábio Sanchez, coordenador do
anuário, é que "muitas instituições andaram em marcha lenta" no aguardo das mudanças
do setor propostas pelo MEC
(Ministério da Educação) ao
longo de 2007. "O mercado não
gostou tanto disso", diz.
Entre as reclamações de empresários que atuam com ensino a distância está a demora para as autorizações de funcionamento dos cursos. Alegam que
a delonga dificulta a expansão
da modalidade de ensino.
De acordo com Carlos
Eduardo Bielschowsky, secretário de educação a distância do
MEC, "este ano ainda será muito intenso em relação à regulamentação desses cursos".
Apesar disso, a expansão do
segmento, afirmam especialistas, é um caminho sem volta. "A
tendência é desenvolver-se, havendo convergência com a aula
presencial", observa o professor da Faculdade de Educação
da UnB (Universidade de Brasília) Bernardo Kipnis.
Para Stravos Xanthopoylos,
diretor-executivo do FGV Online, da Fundação Getulio Vargas, "tem caído o grau de ceticismo" quanto ao tema.
Realizado pelo Instituto Monitor em parceria com a Abed
(Associação Brasileira de Educação a Distância) e com o
apoio do MEC, o levantamento
tomou como referência informações das 257 instituições autorizadas e credenciadas
pelo ministério e pelos conselhos estaduais de educação.
Autonomia
Atentos ao crescimento desse tipo de ensino no Brasil, os
alunos que obtêm bom desempenho costumam ter um perfil
diferenciado: são mais autônomos e disciplinados.
Para a fonoaudióloga Gleidis
Roberta Guerra, 38, que faz
pedagogia a distância pela
Universidade Metodista, é preciso estar mais maduro para se
dedicar a essa modalidade. "O
aluno precisa ser mais responsável pelo seu estudo", avalia.
A analista de recursos humanos Andrea Ferraz, 40, que faz
pós-graduação a distância em
direito do trabalho pela PUC-MG (Pontifícia Universidade
Católica), concorda: "É necessário ter metodologia de estudo
e traçar um objetivo, senão fica
difícil acompanhar o curso".
(IG)
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