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estágios & trainees
Rotatividade propicia visão mais generalista
MARIA CAROLINA NOMURA
DA REPORTAGEM LOCAL
Seis meses atrás, a estagiária
Julia Solomon, 23, trabalhava
na área de marketing de produtos de cardiologia, na Novartis,
empresa do setor de saúde.
Atualmente, apesar de continuar nessa área, seu foco são
os produtos de neurociências.
"O que muda são os projetos e
o estilo de gerência", conta.
Solomon, que estuda administração de empresas, faz parte do programa de estágios rotativos da farmacêutica, que,
por enquanto, só existe para a
área de marketing -produtos,
serviços e relacionamento.
De acordo com Luiz Bueno,
gerente de RH da Novartis, o
estágio dura dois anos, mas o
estudante fica seis meses em
cada uma dessas áreas.
A grande vantagem do "job
rotation", aponta Bueno, é o
maior grau de exposição do
profissional às áreas da empresa. "A expectativa é que esse estagiário seja um gerente júnior
em até três anos. O estagiário
regular deve assumir esse posto
em seis anos", compara.
Apesar de o "job rotation" ser
mais comum em programas de
trainees, segundo Seme Arone
Jr., diretor-presidente do Nube
(Núcleo Brasileiro de Estágios), as empresas mais estruturadas já adotam a prática
com estágios. "Essa é uma logística difícil de implementar."
Na GRSA, do setor de alimentos, o estágio rotativo é
ainda um piloto. Mariela Junque, gerente de desenvolvimento corporativo, explica que
o jovem profissional conhece
as 13 áreas da empresa em um
ano e, dessa maneira, adquire
um conhecimento generalista.
"Passado esse período, ele vai
para a área de sua formação."
Foi o que aconteceu com
Maíra Cadorini, 21, que já passou por todas as áreas e hoje está no setor financeiro. Com a
experiência, ela diz que aprendeu como funcionam as operações da companhia. Para Mariá
Giuliese, diretora-executiva da
consultoria Lens & Minarelli,
esse tipo de estágio "só funciona se o estudante tiver acompanhamento".
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