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Adaptação determina sucesso
Prazos, novos processos e adequação da família exigem atenção de profissionais no exterior
DE SÃO PAULO
Falta de cooperação dos
colegas, problemas com o
idioma, não adaptação à nova função. É grande a lista de
barreiras que dificultam a vida do executivo no exterior.
Ser parte do time na empresa e conseguir vencer os
obstáculos do dia a dia são
essenciais para o sucesso do
profissional em outro país,
argumentam especialistas.
Às vezes, são dificuldades
pequenas, transponíveis
com paciência. "Entrar para
o "networking" de um norte-americano leva mais tempo
[do que para o de um brasileiro]", diz o diretor de marketing da Bic para países emergentes, Carlos Avila, 43, que
está nos EUA desde 2007.
Prazos, geralmente, não
são diferentes apenas nas
redes de relacionamento.
O hábito de permanecer por
mais tempo no escritório, em
jornadas maiores, pode ser
visto como falta de produtividade -e exigir esforço dobrado para solucioná-lo.
No dia a dia, sobram empecilhos a vencer. Trâmites
para alugar casa e escolher o
tipo de conta bancária eram
simples no Brasil, mas exigiram tempo do vice-presidente de serviços globais da
BRQ, do setor de tecnologia,
Rafael Santa Rita, 34, há três
anos em Nova York.
"É completamente diferente", conta ele, assinalando que a adaptação "não foi
das mais complicadas".
Em geral, as companhias
facilitam o processo -oferecem curso sobre a cultura do
país de destino e auxílio para
resolver pendências como
documentação e aluguel.
Algumas permitem viagens exploratórias, para mapear os locais em que o profissional deseja se instalar.
O CEO da Logicalis Southern
Cone, de tecnologia, Rodrigo
Parreira, 44, foi à Argentina.
"Objetividade é importante. A escola [da filha] decidiu
o local em que fomos morar."
MAIS ITENS
Não basta pensar no próprio bem-estar. Para os executivos, ele só será obtido
com os familiares adaptados.
Executivo da Dalkia, da
área de energia, Alexandre
Mussallan, 40, faz uma peregrinação com a família, desde 2003, pelo Oriente Médio.
Tem passagens por Emirados
Árabes Unidos e Bahrein,
acompanhado da mulher.
Na Arábia Saudita, contudo, a parceira teve de abandonar trajes ocidentais e usar
burca, além de enfrentar falta de convívio com nativos.
"Conseguimos um benefício que permitia viajar uma
vez a cada três meses para
outro país", diz Mussallan.
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