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Entrevistado pode solicitar "feedback"
Se a empresa não der a resposta da seleção no prazo acordado, vale questioná-la, recomendam consultores
PAULA NUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Entraremos em contato."
Quem nunca saiu de uma
entrevista de emprego com
essa promessa, na esperança
de ouvir um "parabéns pela
contratação" dias depois?
A arquiteta da informação
Patrícia Rez, 30, por exemplo, passou por essa situação
três vezes nos últimos meses.
Diz que preferiria ter sido recusada em todas a ter de superar a ansiedade de esperar
respostas que nunca vieram.
Sobre a primeira, ficou sabendo que o cargo que disputava já havia sido preenchido
por uma colega que trabalhava na mesma companhia.
No caso da segunda, esperou
o "feedback" por três semanas, então resolveu escrever
um e-mail pedindo resposta.
Até hoje não a recebeu.
Na terceira entrevista, para um posto que deveria ser
preenchido com urgência,
"disseram para aguardar a
aprovação do dono da empresa, que não estava lá".
"Foi só desculpa", conta
Rez, que ainda não sabe o
que aconteceu com a vaga.
RUIM PARA TODOS
Nessas situações, orienta a
consultora Suzana Paiva, da
DM Recursos Humanos, o entrevistado pode questionar a
contratante caso não receba
definição no prazo acordado.
Deve recordar, contudo,
que algumas seleções são
mais demoradas -por isso é
importante tomar conhecimento das etapas a serem
percorridas e de sua duração.
O impacto da ausência de
"feedback" nos processos seletivos se dá não apenas sobre o candidato que fica a ver
navios. A imagem institucional da empresa também sofre arranhão, dizem consultores em recursos humanos.
"Muitas companhias ainda não perceberam o quanto
essa questão simples impacta a imagem delas. Para o
bem e o mal", afirma Paiva.
Luís Testa, gerente de marketing, da Vagas.com, concorda. "As empresas estão recebendo pessoas que querem se juntar às suas equipes
e, em muitos casos, podem
até ser potenciais clientes."
A situação, diz o executivo, dificilmente fará com que
o profissional pare de enviar
currículos. "Mas poderá pensar duas vezes antes de adquirir um produto ou serviço
de quem o ignorou quando
ele bateu à sua porta."
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