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Perfil das chinesas ganha espaço no Brasil
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O modo chinês de administrar está abrindo espaço entre
os brasileiros. Até dezembro de
2006, a China investiu US$ 91
milhões no Brasil, em setores
como os de bens de consumo
duráveis, telecomunicações e
mineração. Os dados são da
Embaixada da China no Brasil.
O estilo de gerenciamento
chinês é marcado por independência, planejamento e agilidade na tomada de decisões, diz
Hsieh Yuan, diretor de prática
chinesa da consultoria KPMG.
"O modelo de raciocínio é diferente. [O chinês] usa 90% do
tempo para planejar uma tarefa
e 10% para executá-la. O brasileiro faz primeiro e depois corrige", aponta Yuan.
Nas firmas de origem chinesa, a pressão por resultados é
alta. "Há excesso de reuniões
para cobrar resultados", afirma
Paul Liu, presidente-executivo
da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico.
Há, entretanto, independência entre empresas que compõem uma holding chinesa.
"O gerente-geral da unidade reporta-se à holding, mas pode
criar padrões de gestão diferentes", explica Yuan.
As companhias chinesas não
costumam conceder benefícios
que representem diferenciais
-somente obedecem à legislação brasileira. "Não há uma
criatividade que diferencie as
chinesas", avalia Yuan.
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