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saúde corporativa
Empresas querem enxugar gordurinhas de funcionários
Redução do risco de desenvolver doenças resulta em maior produtividade
Renato Stockler/Folha Imagem
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A gerente de RH Cássia Dias, que trocou os doces pelas frutas durante o expediente |
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem nunca se rendeu àquela coxinha ou a um bombom no
meio do expediente que jogue a
primeira pedra. Quando bate a
fome nesse horário, é difícil recusar guloseimas -que afetam
não só a silhueta mas também a
disposição para o trabalho.
Apesar do cenário, um levantamento feito em 2005 pela
consultoria Watson Wyatt
aponta que a maioria das empresas brasileiras não conta
com iniciativas voltadas para a
melhoria da saúde de seus funcionários ou para a redução dos
custos médico-hospitalares.
Aos poucos, porém, empresas começam a oferecer programas de educação alimentar para seus colaboradores.
O Hospital das Clínicas é
uma delas. Em março de 2006,
a instituição lançou aos colaboradores o desafio de emagrecer
cinco toneladas em 18 meses.
Os milhares de profissionais
tiveram acompanhamento e
avaliação semanais. Resultado:
três meses antes do prazo, a
equipe atingiu a meta.
Outra empresa que procura
informar seus trabalhadores
sobre a importância de um estilo de vida mais saudável é a Amway. O programa, focado na
reeducação alimentar, conta
com palestras, orientação nutricional, avaliação física e noções para equilibrar o cardápio.
"Estamos aptos a colocar em
prática um estilo de vida mais
saudável, o que melhora o nosso dia-a-dia no trabalho", conta
Cássia Dias, gerente de RH da
Amway de São Paulo, uma ex-"viciada" em chocolates.
Hoje ela é um dos exemplos
do sucesso do projeto: substituiu as balas, chocolates e batatinhas por um copo de suco de
laranja antes do almoço e por
uma fruta à tarde.
A queda de enfermidades como hipertensão e diabetes é refletida no aumento de produtividade do trabalhador.
Para isso, a recomendação do
chefe da disciplina de clínica
médica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo),
Paulo Monteiro da Silva, é
manter distância dos petiscos.
Foi o que fez a gerente Patrícia Ávila após tomar um susto
com um aumento de peso repentino e o desânimo para o
trabalho. "Aos poucos, fui me
reeducando", explica ela.
(PRISCILA GORZONI)
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