S?o Paulo, domingo, 19 de setembro de 2010

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Empresas aclimatam estrangeiro

Expatriado recebe auxílio em serviços de acomodação, aulas de português e idas ao mercado

ADRIANA ABREU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Parte do crescente número de estrangeiros que vêm atuar no Brasil tem recebido atenção especial. Aqui, recebem tratamento diferenciado, que inclui o serviço de consultorias especializadas na recepção e no treinamento desses profissionais.
Dados do Ministério do Trabalho mostram que as autorizações de trabalho para estrangeiros cresceram 18,8% no primeiro semestre de 2010 em relação ao mesmo período de 2009.
Para amenizar o choque cultural e tornar a estada do expatriado mais confortável, é oferecido auxílio em questões práticas como obtenção de visto, escolha do imóvel e da escola dos filhos, compras no supermercado e indicação de médicos.
Segundo Mônica Melo, consultora da Welcome Expats, de recepção de estrangeiros, o serviço dura, em média, três meses. "É tudo adaptado às necessidades do expatriado e de sua família."
"Faz toda a diferença trabalhar com um candidato que já conhece os nossos costumes", destaca a consultora Ana Guimarães, da Robert Half, de recrutamento de executivos, sobre o treinamento dos profissionais.
A psicóloga Andréa Sebben afirma ser fundamental que os estrangeiros conheçam a história do Brasil para entender a cultura não só dos negócios, mas dos costumes da população. "Com o aumento do número de estrangeiros no país, a demanda por esses serviços deve aumentar", estima ela.

TREINAMENTO
Para o holandês Jarno Talens, 32, gerente comercial da petroquímica Braskem, atividades práticas e passeios culturais marcaram seus primeiros dias no Brasil. "Após receber aulas teóricas, visitamos o Museu Afro Brasil e a rua 25 de Março", diz.
A gerente de compras regionais da Unilever, Patricia Diaz Gil, 32, é salvadorenha e está no Brasil para cumprir um contrato de três anos. Seu treinamento incluiu encontros com grupos de expatriados e "happy hours".
"Eu me assustei com o trânsito. Em três horas, atravesso o meu país. Aqui, em horário de pico, não consigo nem chegar ao centro."


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