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Empresas aclimatam estrangeiro
Expatriado recebe auxílio em serviços de acomodação, aulas de português e idas ao mercado
ADRIANA ABREU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Parte do crescente número
de estrangeiros que vêm
atuar no Brasil tem recebido
atenção especial. Aqui, recebem tratamento diferenciado, que inclui o serviço de
consultorias especializadas
na recepção e no treinamento desses profissionais.
Dados do Ministério do
Trabalho mostram que as autorizações de trabalho para
estrangeiros cresceram
18,8% no primeiro semestre
de 2010 em relação ao mesmo período de 2009.
Para amenizar o choque
cultural e tornar a estada do
expatriado mais confortável,
é oferecido auxílio em questões práticas como obtenção
de visto, escolha do imóvel e
da escola dos filhos, compras
no supermercado e indicação de médicos.
Segundo Mônica Melo,
consultora da Welcome Expats, de recepção de estrangeiros, o serviço dura, em
média, três meses. "É tudo
adaptado às necessidades do
expatriado e de sua família."
"Faz toda a diferença trabalhar com um candidato
que já conhece os nossos costumes", destaca a consultora
Ana Guimarães, da Robert
Half, de recrutamento de
executivos, sobre o treinamento dos profissionais.
A psicóloga Andréa Sebben afirma ser fundamental
que os estrangeiros conheçam a história do Brasil para
entender a cultura não só dos
negócios, mas dos costumes
da população. "Com o aumento do número de estrangeiros no país, a demanda
por esses serviços deve aumentar", estima ela.
TREINAMENTO
Para o holandês Jarno Talens, 32, gerente comercial
da petroquímica Braskem,
atividades práticas e passeios culturais marcaram
seus primeiros dias no Brasil.
"Após receber aulas teóricas,
visitamos o Museu Afro Brasil e a rua 25 de Março", diz.
A gerente de compras regionais da Unilever, Patricia
Diaz Gil, 32, é salvadorenha e
está no Brasil para cumprir
um contrato de três anos. Seu
treinamento incluiu encontros com grupos de expatriados e "happy hours".
"Eu me assustei com o
trânsito. Em três horas, atravesso o meu país. Aqui, em
horário de pico, não consigo
nem chegar ao centro."
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