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São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2003

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SOB MEDIDA

Programas para recém-formados evitam reunir os alunos iniciantes com os veteranos

Cursos seguem as marés do mercado

FREE-LANCE PARA A FOLHA

As constantes mudanças por que passam os mercados acabam estimulando a proliferação de cursos, além de incentivar a reformulação dos já existentes, principalmente na área de negócios.
A BSP (Business School São Paulo) fez uma "reforma" em dois de seus principais programas, o Classic MBA e o Cege (Curso de Especialização em Gestão Empresarial). O MBA, voltado a jovens, não é mais integral e foi estendido para 18 meses.
O Cege passou de 205 horas/aula para 380 horas/aula e pode ser cursado em um ano. Voltado a jovens executivos e empreendedores, foi idealizado para os que precisam aprimorar rapidamente os conhecimentos de gestão.
O Ibmec também resolveu apostar na demanda do público jovem e criou, em 2002, o CBA (Certificate in Business Administration). O curso é desenhado para jovens que estão na fase pré-gerencial da carreira e têm perfil empreendedor. Nele, o aluno reproduz o ambiente profissional por meio de estudos de casos.
Assim é também o MBA Primeira Gerência, da ESPM, cujo pré-requisito é ser recém-graduado ou ter no máximo dois anos de experiência profissional.
"Essas diversificações dos MBAs acompanham as variações do mercado e, embora as siglas sejam diferentes, todos eles vão se organizar em função dos mesmos conteúdos fundamentais para a formação do gestor", diz Maristela Guimarães Andre, da ESPM.

Separação
Com tantas alternativas, a sala de aula com iniciantes e executivos veteranos diante da mesma lousa está praticamente extinta.
Outra "combinação trágica", como diz VanDyck Silveira, do Ibmec, é colocar na mesma classe alunos com perfil de MBA e os que deveriam estar fazendo especialização. "O aluno nessas situações vai estar entre pessoas que não são seus pares, e a troca de experiências deixa de existir", diz.
Segundo ele, para evitar erros o aluno tem de comprar o curso como se fosse um bem durável: pesquisando. Quem está inseguro em partir direto para um MBA pode, primeiro, fazer um curso preparatório, o pré-MBA, mais curto e de conteúdo mais básico.

Escada acima
Alexandre Garrido, 30, integrou uma das primeiras turmas que incluía extensão internacional no MBA do Ibmec. Hoje, é um veterano da educação continuada. Fez um curso de extensão na FGV, um MBA na USP (Universidade de São Paulo) e o MBA Executivo em Finanças do Ibmec. Todo o esforço valeu a pena. "Ascendi cinco posições hierárquicas", afirma ele, que hoje é gerente de administração do Banco do Brasil. (RGV)


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