São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2008

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SONHANDO ALTO

Ambiciosos, formandos priorizam bons salários

Jovens brasileiros almejam alcançar os postos mais altos das empresas

Marcelo Justo/Folha Imagem
A estudante Maíra Coube Salmen, que está no último ano da faculdade, inscreveu-se nos programas de trainee de grandes empresas

DIOGO BERCITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Além da entrega do trabalho de conclusão de curso, uma das maiores preocupações dos formandos nesta época do ano é entrar no mercado de trabalho.
A ocasião inclui eleger critérios para selecionar os processos seletivos de que os estudantes querem participar.
Segundo estudo realizado pela consultoria de gestão Accenture, obtido com exclusividade pela Folha, os formandos brasileiros colocam o salário em primeiro lugar entre as oportunidades e os benefícios que mais os atraem, seguido de um trabalho interessante e desafiador e de benefícios como plano de saúde.
"Há uma ambição muito forte nesta geração, que inflaciona as expectativas salariais", aponta Rodolfo Eschenbach, líder de prática de consultoria da Accenture.
O estudo foi feito em março deste ano e ouviu 2.464 graduandos do Brasil, dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, da Alemanha, da Índia, da Rússia e da China.

Grandes esperanças
No estudo, os futuros profissionais mostraram que querem, além de ter bons salários, ocupar cargos altos -59% apontam almejar os postos mais altos da companhia.
"Alcançar a gerência é o mínimo que esperam", afirma Fernando Guanabara, supervisor de recrutamento e seleção da Agnis Recursos Humanos.
A estudante Maíra Coube Salmen, 22, que está no último ano do curso de administração da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), já está inscrita nos programas de trainee de grandes empresas como AmBev, Nestlé e Danone.
"Tenho preferência por esses modelos bem estruturados, de que já se sai ocupando um cargo elevado", destaca.
Já Gabriela Carvalho de Moura, que cursa o último ano de relações internacionais na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), prioriza, além de um bom salário, a possibilidade de "poder fazer a diferença". Para isso, quer trabalhar no terceiro setor.
Roberta Stilhano, 24, que está graduando-se em biomedicina na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), sente-se atraída, por sua vez, pelo quão interessante será seu trabalho de pesquisadora. "Poder descobrir coisas novas é muito estimulante", considera.


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