|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ALEMÃO
Indústria valoriza o uso técnico da língua
Novas tecnologias levam profissionais à Alemanha
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar de parecer indecifrável para iniciantes, a língua alemã se revela bastante fluente
no mundo dos negócios.
E os profissionais têm bons
motivos para investir em seu
aprendizado. "São Paulo é o
maior distrito de indústrias
alemãs fora da Alemanha", comenta German Hasreiter,
coordenador da escola D" Kurs.
"Na Europa, mais de 100 milhões de pessoas têm o alemão
como língua materna, o que faz
dele o idioma mais falado no
continente", diz Cristina Shibuya, coordenadora de ensino
do Goethe-Institut São Paulo.
Para quem trabalha em uma
multinacional, o domínio da
língua é fundamental. "Abre
portas e incrementa o "networking" na busca de fontes externas de informação ou idéias diferenciadas. O funcionário leva
soluções para fora do Brasil",
diz Raimundo Ramos, gerente
de RH da Volkswagen.
Fábio Amaral Machado, gerente de RH da Bosch, afirma
ser o alemão a língua dos grandes centros de desenvolvimento de tecnologia. "Qualquer
funcionário pode ser enviado
ao exterior para trazer um novo sistema de produção. Eles
aprendem a língua para agilizar
a comunicação", comenta.
O rendimento do funcionário também é cobrado em provas -na Bosch, o aluno de alemão presta contas sempre que
completa cem horas de aula.
"Seu plano de estudo diário
contabiliza até as horas em que
deve ouvir redes de rádio e TV
estrangeiras", conta Machado.
Vocabulário comum
"É difícil", opina Marcus Bellini, 32, engenheiro mecânico
da Volkswagen. "Fiz um ano de
aula particular, mas apenas na
Alemanha aprendi a língua."
Bellini sente falta de um vocabulário "extra-técnico", já
que sua formação foi voltada
para uso profissional. "Aprendi
os verbos mais genéricos. É
preciso ter aulas pelo menos
três vezes por semana."
Para entender rapidamente
as muitas declinações e artigos,
é preciso dedicar tempo e optar
por um método de ensino com
situações similares à realidade,
sugere o coordenador do curso
de alemão do Senac-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial), Fernando Mattos.
"O que impressiona é o som
da língua, não tão conhecido
quanto inglês e francês", diz
Shibuya.
(GG)
Texto Anterior: Cursos Próximo Texto: Cursos Índice
|