São Paulo, domingo, 20 de janeiro de 2008

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ALEMÃO

Indústria valoriza o uso técnico da língua

Novas tecnologias levam profissionais à Alemanha

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de parecer indecifrável para iniciantes, a língua alemã se revela bastante fluente no mundo dos negócios.
E os profissionais têm bons motivos para investir em seu aprendizado. "São Paulo é o maior distrito de indústrias alemãs fora da Alemanha", comenta German Hasreiter, coordenador da escola D" Kurs.
"Na Europa, mais de 100 milhões de pessoas têm o alemão como língua materna, o que faz dele o idioma mais falado no continente", diz Cristina Shibuya, coordenadora de ensino do Goethe-Institut São Paulo.
Para quem trabalha em uma multinacional, o domínio da língua é fundamental. "Abre portas e incrementa o "networking" na busca de fontes externas de informação ou idéias diferenciadas. O funcionário leva soluções para fora do Brasil", diz Raimundo Ramos, gerente de RH da Volkswagen.
Fábio Amaral Machado, gerente de RH da Bosch, afirma ser o alemão a língua dos grandes centros de desenvolvimento de tecnologia. "Qualquer funcionário pode ser enviado ao exterior para trazer um novo sistema de produção. Eles aprendem a língua para agilizar a comunicação", comenta.
O rendimento do funcionário também é cobrado em provas -na Bosch, o aluno de alemão presta contas sempre que completa cem horas de aula. "Seu plano de estudo diário contabiliza até as horas em que deve ouvir redes de rádio e TV estrangeiras", conta Machado.

Vocabulário comum
"É difícil", opina Marcus Bellini, 32, engenheiro mecânico da Volkswagen. "Fiz um ano de aula particular, mas apenas na Alemanha aprendi a língua."
Bellini sente falta de um vocabulário "extra-técnico", já que sua formação foi voltada para uso profissional. "Aprendi os verbos mais genéricos. É preciso ter aulas pelo menos três vezes por semana."
Para entender rapidamente as muitas declinações e artigos, é preciso dedicar tempo e optar por um método de ensino com situações similares à realidade, sugere o coordenador do curso de alemão do Senac-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), Fernando Mattos.
"O que impressiona é o som da língua, não tão conhecido quanto inglês e francês", diz Shibuya. (GG)


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