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GIZ À MÃO
36% têm menos de cinco anos de experiência
Mais de 40% dos docentes possuem só graduação ou especialização, diz Inep
DA REPORTAGEM LOCAL
Para boa parte dos docentes
de terceiro grau, estar à frente
da lousa é novidade: 36% dos
professores das 2.381 instituições de ensino superior no Brasil têm, no máximo, cinco anos
de experiência em sala.
O segundo grupo mais representativo, com 18%, é o de professores que acumulam de 11 a
20 anos de trabalho na instituição. O menor percentual fica
com os docentes com 21 anos
ou mais de atuação.
Para o secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo
Mota, esses números não surpreendem. "É preciso incorporar a população jovem como
novos docentes. O Brasil está
formando 12 mil doutores e 40
mil novos mestres por ano."
Os dados, elaborados pelo
Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira), ligado ao
MEC, fazem parte do Cadastro
Nacional de Docentes.
Os professores com menos
tempo de docência estão, em
sua maioria, em instituições
privadas. É nas particulares
que lecionam também, em geral, os com menos titulação -o
que representa um bom mercado para os interessados em ingressar nessa carreira.
Isso porque, além de estreantes em sala, 40% dos docentes
possuem só graduação ou especialização; 24% do total são
doutores e outros 35% contam
apenas com mestrado.
Titulação
"Na realidade do mercado,
mesmo na esfera privada, é
muito difícil ter só graduação.
Já nas federais, o difícil é a admissão; elas abrem vagas para
doutores", explica o fisioterapeuta Gerson Cipriano Jr.
Aos 29 anos, Cipriano divide-se entre os ensinos público e
privado. Na Unifesp, ele leciona
em um curso de pós-graduação.
Na Universidade Ibirapuera, há
um ano, coordena a graduação
em fisioterapia, onde dá aula.
Apesar do salário, é o incentivo à pesquisa que divide os que
se dedicam à universidade pública ou à privada. "A remuneração de uma instituição privada é cerca de 2,5 vezes maior
que a de uma pública", considera Cipriano.
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