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saúde corporativa
Empresas reduzem opção de "upgrade" de plano
Cai também número de firmas que dão check-up a colaboradores
MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com a crise, diversas empresas apostaram em diminuir os
gastos com benefícios de saúde
para evitar cortes maiores no
quadro de funcionários.
Essa é uma das conclusões do
levantamento feito pela consultoria Hewitt com 309 empresas de diversos setores. Essa
edição do estudo, que é anual,
foi concluída neste mês.
Neste ano, chamou a atenção
a diminuição do percentual de
empresas que oferecem opção
de "upgrade" do plano de saúde
básico. Em 2008, eram 71% das
companhias. Em 2009, essa
parcela caiu para 36%.
"O "upgrade" gera passivo para a empresa, já que a lei atual o
vê como contribuição do funcionário. Ao ser desligado, o
ex-empregado tem direito a um
período de seis a 24 meses do
plano para o qual contribuía",
afirma Ronn Gabay, líder da
prática de administração de
benefícios da Hewitt.
Rene Ballo, consultor sênior
da Mercer, consultoria de recursos humanos, também vê
essa tendência. "Mesmo antes
da crise, as empresas já vinham
diminuindo a possibilidade do
"upgrade" em planos de saúde."
Segundo o estudo da Hewitt,
houve aumento do número de
empresas que oferecem check-up a cargos de coordenação e
supervisão -foram 17% neste
ano, contra 9% no ano passado.
Por outro lado, entre 2008 e
2009 caiu de 64% para 58% o
número de firmas que oferecem os exames para seus colaboradores. "Muitas companhias não conseguem que seus
funcionários realmente façam
o check-up", analisa Gabay.
Outras tendências
Para Ballo, a grande tendência em se tratando de benefícios de saúde é que o funcionário saiba exatamente o valor
dos itens a que tem direito.
O professor de administração de recursos humanos da
PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) Jean Pierre
Marras aposta na diminuição
de benefícios fixos e no aumento dos variáveis, ligados a metas. "Assim, é interessante tanto para o funcionário como para a companhia", argumenta.
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