Foi só um e-mail. Meses depois, a auditoria interna concluiu que a engenheira Ana Paula Pereira Gomes, 28, deveria ser demitida da seguradora por ter cometido um erro ético.
Ela conta que encaminhou a um ex-colaborador da empresa uma planilha que era usada para medir a quantidade de aparelhos de ar-condicionado necessária para uma sala.
Segundo ela, o arquivo anexado continha dados básicos, que são enviados para todos os fornecedores.
"Não julgo a empresa porque o contrato previa esse tipo de coisa. Mas, se quisesse ter vazado informações, não usaria o e-mail corporativo", pondera.
Em novo emprego, ela radicalizou. Separa completamente os e-mails pessoais dos de trabalho e conta a história para alertar aos demais.

Respeito aos "dogmas"
Para o "headhunter" Robert Wong, depois desse erro, o profissional não deve falar sobre isso espontaneamente, especialmente em uma entrevista de emprego. Mas deve ser sincero quando questionado.
"É preciso saber quando ser natural [si mesmo] e quando ser normal [como se espera]", diz. Isso é mais preocupante no caso de "dogmas", como o da proteção de informações sigilosas, afirma.


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