S?o Paulo, domingo, 21 de agosto de 2011

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Preconceito ronda profissionais na empresa e em entrevistas

DE SÃO PAULO

Foi um colega que enviou para Fabíola Cano, 32, coordenadora do departamento comercial de uma empresa de treinamento, o diálogo gravado no computador em que outra funcionária referia-se a ela como "a gorda".
Cano, que tem 1,65 m e 95 kg, levou a conversa ao chefe. Segundo ela, o executivo fez uma reunião para cobrar melhora na conduta da outra profissional. As duas continuam atuando na empresa.
O preconceito está presente no ambiente corporativo, de acordo com Ivani Manzzo, que oferece "coach" voltado para qualidade de vida.
As pessoas que a procuram com o objetivo de emagrecer, afirma, têm dois motivadores: problemas de saúde relacionados à obesidade, como infarto, e sofrimento devido ao preconceito.
Antonio Roberto Chacra, endocrinologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que muitos pacientes chegam a seu consultório reclamando por terem sido preteridos para vagas de emprego por serem obesos.
Cesar Augusto Frazão Ferreira, 25, conta que já teve que colocar o peso (160 kg) e a altura (1,76 m) no currículo que enviou para uma empresa.
Existe relação direta entre obesidade e desemprego, na avaliação de Ferreira. "Em uma entrevista de trabalho, disseram que, por ser obeso, eu não produziria tanto [quanto outros]", lembra ele, que é autônomo.


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